17/11/2017

O SEXO RECONQUISTADO.

"Não é o sexo que polui o ser humano é o 
ser humano que polui o sexo"

Por
Marcos Keld

Não é o sexo que polui o ser humano, é o ser humano que polui o sexo.

Como pode haver razão em depreciar o ato que gera vida?

Como pode este milagre ser considerado indecoroso, imoral, ou pior, pecado?


Apenas nos extremos é que pode haver a mácula, mas esta não se destina apenas à distorção, mas também à privação.

A privação criou a distorção; e a distorção realimentou a privação.

Ambas fogem de um ponto comum: o sexo amoroso

A privação foge por medo dogmático de uma iniquidade arbitrária; a distorção foge por medo do amor, do sagrado e do profundo.

A sexualidade não é corpórea, mas unitária. 


A energia sexual é a fonte criativa primeva do ser humano, dando origem à vida e ao prosseguimento da abundância expressiva daquilo que conhecemos como Criação.

Não pode haver o abandono desta força enquanto o corpo permanecer, pois sua existência se dá no mais profundo do Ser, em uma integração entre o espírito e a carne.

Logo, o sexo não pode mais ser considerado profano, assim como não deve mais ser encarado como um simples prazer corpóreo.

Ele deve recuperar a aura de contemplação e união entre os seres.

Faz-se necessário então um estado consciente durante o ato sexual, não apenas seguindo a libido animal. 

Aquele que busca o sagrado em si mesmo precisa superar as limitações do corpo; precisa transcendê-lo.

Quando a consciência está presente, tem-se o poder de amar e respeitar a outra pessoa de forma clara e verdadeira.

E cada nova sensação corpórea começa a estar além da simples fisicalidade.

Cada novo toque torna-se um evento particular, de ramificações incríveis. 

Ambos estão oferecendo suas intimidades de maneira livre, desprendida e amorosa.

E isso deve ser apreciado e vivenciado de forma consciente.

O prazer da satisfação física e mundana não se compara à experiência e ao ápice de um encontro entre dois seres conscientes durante a prática do sexo amoroso.

No ponto culminante há o vislumbre do sempiterno, da não-existência e da Consciência Universal.

É da mente a separação, é da mente a discriminação, é da mente a distorção do sagrado. 

A natureza do espírito é desde sempre amorosa.

O amor é tudo o que ele conhece de mais puro.

Porém, quando esquecido de quem é, o ser humano não o compreende, não o sente de forma objetiva, não o consegue mais explicar.

A união dos seres é uma forma de voltar a sentir uma faísca desta natureza.

O sagrado está no amor.



Então, não importam a preferência sexual, a cor da pele, o status social, o QI, a religião, a aparência, os defeitos físicos e o estado de espírito.

Apenas o amor realmente interessa.

Voltar ao sagrado é amar.

E a união sexual amorosa, sem privações, sem depravações, é uma das formas de reencontrarmos a unidade e o divino em nós mesmos.

Não importa que dure um milésimo de segundo,
 quando há verdade presente, sempre vale a pena.






Post. e Formatação
Semeador de Estrelas
 2/8/201127/11/2015


Fonte:
Extraido de: Potencialidade Pura
http://www.blog.potencialidadepura.com

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