"Talvez, você tenha acreditado, ou acredite,
ainda, ser esse corpo".
Eu sou Um Amigo.
Através de:
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De meu Coração ao seu Coração, eu venho, esta noite, em seu período de Celebração, para celebrar sua Liberdade.
Eu não celebro sua Liberdade reencontrada ou sua Liberdade a vir, mas sua Liberdade que sempre esteve aí.
Então, se querem, eu lhes proponho tomar o tempo de um passeio entre Amigos, para acolher a Verdade do que sempre foi.
Esse passeio, que vamos fazer juntos, começa onde você está, nesse instante preciso, no qual nós abraçamos, para celebrar a Liberdade.
Então, talvez você acredite que eu faça poesia, talvez, você acredite que eu falo a outro que não você.
Mas há apenas você, que me recebe agora.
Então, se você duvida, ainda, de estar Liberado, comecemos, se efetivamente quiser, esse passeio.
Para isso, eu lhe pedirei, simplesmente, para engajar-se apenas se estiver bem determinado a vir comigo, observar a Liberdade.
Eu o convido a não deixar-se distrair pelo que quer que seja, a não deixar-se subtrair por qualquer estratégia que seja, que lhe diga que isso é para breve, mas que, esta noite, não é possível.
Então, se você está pronto, se está determinado, comecemos, juntos, esse passeio, para que você possa verificar, por si mesmo, que a Liberdade que nós celebramos é, efetivamente, sua própria Liberdade, que sempre esteve aí, e que emerge em sua Verdade.
Observemos, juntos, o que pôde parecer-lhe ser o que você era.
Talvez, você tenha acreditado, ou acredite, ainda, ser esse corpo.
Talvez, ao mesmo tempo, você tenha acreditado que continuaria a viver além da morte.
Então, eu lhe pergunto: onde está a coerência?
Você não pode ser, ao mesmo tempo, esse corpo e, ao mesmo tempo, viver além do corpo.
Talvez, você tenha acreditado, durante um tempo, ser suas emoções, mas, quando a emoção termina sua influência, você se apercebe, então, de que ela estava bem longe de você.
Então, aí também, você não pode, ao mesmo tempo, pensar ser suas emoções e reconhecer que o que acontece naquele momento supera você como, por exemplo, a raiva, que pode fazê-lo dizer ou agir bem além do que você faria.
Então, talvez, você pense estar situado em seu mental, em parte, pelo menos.
Se não me engano, seu mental é ligado ao seu corpo, porque ele emerge em seu cérebro.
Há pouco, nós vimos, juntos, que você não podia ser esse corpo, exceto se considerar sua vida para na morte.
E se esse não é o caso, então, como você poderia ser o mental?
Eu nada digo, aí, de extraordinário, eu passeio, simplesmente, com você, em você, para procurá-lo, para encontrá-lo, de mãos dadas, sem qualquer violência, sem qualquer brincadeira: um olhar claro, para encontrarmos, juntos, a Verdade.
Então, onde podemos procurar, nesse corpo, o que poderia ser você?
Procuremos juntos...
Se você nada encontra que poderia ser você, então, ver mais longe, talvez, ao nível da Alma.
Mas você vê a Alma?
Porque, enfim, está claro que você não pode estar separado do que você é.
Então, se você não a vê, é, talvez, porque ali não está.
Se você a vê, observemos juntos...
A Alma vem percorrer uma vida, depois outra, e assim por diante, mas, observando isso, está claro que você ainda está bem além, porque, se você vê o percurso da Alma, você vê, também, que você ali não está.
Nós podemos procurar no Espírito, podemos procurar na Fonte..., mas eu não vejo qualquer traço de você.
Você vê um?
Então, se você vê um, verifique bem que ele não está em contradição com outra visão de si mesmo que você poderia ter.
E, se você não vê, se, em si, você nada vê que se assemelhe a alguém, você sente como isso não incomoda em nada?
Você sente como é perfeitamente suave observar essa Ausência, aí, onde nós sempre acreditamos na Presença?
Deixando, sempre, com flexibilidade e determinação, a observação prolongar-se, não para procurar o alguém.
Se você não o encontrou, tendo percorrido tudo o que você acreditava ser você, não há necessidade de fatigar-se ainda mais, há, simplesmente, que continuar a observar em si, em seu corpo essa Ausência que, acredito, não é, em nada, estressante, não é inquietante, porque você constata que tudo o que funcionava na pessoa continua aí, apesar de isso não ser você.
Então, talvez, você se diga que você é aquele que observa.
Nesse caso, verifiquemos, juntos: você é capaz de parar a observação, de deixar-se flutuar?
Não mais preocupar-se com o que pode advir nesse corpo e além?
Talvez, você seja capaz de soltar, completamente, o corpo, completamente, o Ser, e deixar-se flutuar...
Constatamos, simplesmente, que tudo isso era uma miragem.
Miragem nascida de uma crença, miragem nascida do fato de colar junto peças do que você não é, o que o fez crer que esse monte fosse o que você era.
Mas você jamais foi esse corpo, jamais foi as emoções que o percorrem, jamais foi esse mental, jamais foi o Ser, jamais foi essa consciência...
Então, tomemos o tempo, não nos precipitemos.
[Silêncio]
Porque, se você pôde realizar esse passeio ao meu lado, não resta mais do que a quietude, do que a Simplicidade.
Agora que a máscara caiu, agora que a pessoa evaporou-se.
Não há qualquer necessidade de preencher esse vazio, porque , se isso ainda não foi feito, você reconhecerá, em breve, que você é o vazio, que você é o pleno, que você é o Silêncio, como você é o barulho.
Não há qualquer necessidade de preencher esse vazio, porque , se isso ainda não foi feito, você reconhecerá, em breve, que você é o vazio, que você é o pleno, que você é o Silêncio, como você é o barulho.
Mas, sobretudo, você é bem além da Criação.
Você é o Criado, como você é o Incriado.
Então, agora, a Evidência aparece, a Liberdade sempre esteve aí: você jamais nasceu, você está além do tempo, além do espaço, você é a vida, você é a Verdade.
Então, esse corpo vazio de qualquer pessoa pode continuar a funcionar, pode continuar sua estrada.
Porque, agora, você sabe: o que você pensava ser você era apenas um programa – nós poderíamos dizer, um programa automático – que o faz sonhar uma separação.
O programa continua, mas não há mais ninguém para sofrer com ele.
O lugar está, então, disponível para que a Criação possa alegrar-se em seu seio, celebrando o fluxo de Amor permanente, celebrando o Êxtase.
Você é bem além de tudo isso.
Mas viver o Amor, Amor do Um permanente é, acima de tudo, uma experiência simples que pode interessar-lhe algum tempo.
Mas permaneçamos, se quiser, em sua Verdade, na Liberdade, e festejemos, juntos, o que você é.
Eu sou um Amigo.
Estou feliz de poder andar ao seu lado, para encontrá-lo.
Então, agora, eu posso dizê-lo: de meu Coração ao seu Coração, há apenas um Coração.
Que a sequência nesse mundo seja uma Celebração permanente, vazia do alguém, plena do Amor.
Boa Celebração em sua Verdade!
Até breve.
Post. e Formatação
25/12/2013-29/12/2014-19/4/2016-19/4/2017
Tradução e Divulgação.
Célia G.