"Aquele que tem medo é aquele que está
inscrito no efêmero, no apego".
"O peso aparente desses tempos que há a viver chama-os à leveza do ser e da Eternidade".
Eu sou
Gemma Galgani.
… Comunhão…
Eu venho a vocês, hoje, por mandato de minhas irmãs Estrelas e como portadora da vibração e da codificação Unidade.
Eu não vou, hoje, prosseguir no caminho e nos elementos que eu lhes dei através de minha curta vida sobre o que é a Unidade e sobre a Luz Branca.
Eu venho, antes de tudo, comungar com vocês e, também, dar alguns elementos concernentes ao desenrolar da história, nesse momento, na superfície da Terra.
A Unidade é um estado de ser, a Unidade é uma transcendência da dualidade inexorável da manifestação da vida na superfície desse mundo.
Não pode existir, de fato, sombra sem luz e luz sem sombra na superfície desse mundo; não pode existir yin sem yang e yang sem yin; não pode haver nascimento sem constituição de um casal.
A Unidade não é um objetivo nesse mundo, mas é um estado interior, antes de tudo.
O grande subterfúgio da história desse mundo é tê-los deixado crer e trabalhar no sentido de uma superação da dualidade, através da prática de uma religião, de uma ascese, através de um comportamento focado no bem.
Eu não voltarei, é claro, a tudo o que foi explicado por minhas irmãs Estrelas, concernente à atração, à repulsão e à falsificação da Luz.
A dualidade é inexorável na manifestação desse mundo, enquanto o Amor é a Unidade.
Mas a Unidade não será, jamais, a consequência da resolução do antagonismo do bem e do mal, porque esse mundo, justamente, apenas existe porque há essa dualidade.
Então, é claro, vocês sabem, ao falar de dualidade há a noção de liberdade ou, ao invés dela, deveria eu dizer, de livre arbítrio, que pode fazê-los crer e fazê-los aderir à ideia de que, em face do que quer que seja, vocês têm, sempre, a escolha de seguir tal caminho ou tal outro caminho e, é claro, um desses caminhos seria o bem e o outro seria o mal.
Tudo isso representa apenas fábulas, porque a unidade nada tem a ver com a dualidade.
A Unidade não pode apoiar-se e repousar na dualidade desse mundo, uma vez que ela é, justamente, a transcendência desse mundo, e ela é, justamente, a visão real da falsidade desse mundo.
O yin e o yang, o bem e o mal, o dia e a noite, na superfície desse mundo, são apenas um combate permanente, ilustrado tanto através, é claro, das leis da física como as leis do envelhecimento e, mesmo, através da lei, da justiça e do direito.
Tudo parte, de algum modo, da existência de uma pessoa e, na relação entre duas pessoas há, sempre, o bem e o mal.
O coração não conhece o bem e o mal.
A Unidade não é a transcendência do bem e do mal, mas a superação real da ilusão do bem e do mal.
Viver a Unidade, como eu tive a oportunidade de exprimi-lo em numerosas reprises, é reencontrar a Luz Branca, é reencontrar o estado primordial, é reencontrar o que eu pude escrever e dizer-lhes há numerosos anos.
Hoje, esse mundo mostra-lhes a ver e dá-lhes a ver, onde quer que vocês voltem seu olhar, a confusão, a dualidade.
Paralelamente a isso, é claro, existem, como dizer..., muito numerosas correntes ou ideias espirituais que visam um espaço de resolução, mesmo nesse mundo.
Inúmeros de vocês, aqui e alhures, hoje sabem que não é nada disso e outros não se colocaram, ainda, essa questão, porque o momento não havia chegado para eles, mas, hoje, vocês se aproximam de um momento coletivo que ninguém poderá ignorar a Unidade, a Luz Branca e a Verdade, sobretudo.
Qual lugar tem a dualidade?
A dualidade inscreve-se, de maneira cada vez mais flagrante, aí também, no contexto da oposição, da luta, de saber quem tem razão, quem está errado, no qual cada um defende um ponto de vista não mais, unicamente, na escala dos indivíduos, mas na escala das nações, dos continentes mesmo, que lhes enche a cabeça, de algum modo, com uma saída positiva pelo retorno de Cristo, pela vinda de Cristo, em suma, acreditando que um salvador exterior vá salvar outra coisa que não sua eternidade.
Tudo isso são apenas projeções, quimeras, fantasmas ligados ao medo.
Não há melhores circunstâncias do que agora, nesses tempos da Terra, para perceberem o que vocês são, em Verdade e em Unidade, porque tudo, no ambiente desse mundo, torna-se caótico.
O que era seguro antes não é mais seguro hoje.
Vocês sabem muito bem que a paz é apenas o intervalo entre duas guerras, na dualidade.
A paz do coração não conhece qualquer guerra nem qualquer falta, e é essa a lição da vida hoje.
Ela se reforçará a cada minuto, a cada segundo, a cada dia, o que lhes dá a viver e a ajustar-se ao mais próximo de sua verdade, que pode ser mais ou menos afastada ou sobreposta com a verdade do Amor.
Como minhas irmãs disseram, há numerosos meses, como os Anciões, os Arcanjos também disseram, tudo é oportunidade, tudo o que pode parecer chocar, tudo o que pode parecer repleto dessa dualidade entre os indivíduos, entre as crenças, entre os interesses pessoais e sociais, cada vez mais, entre vocês, mesmo adormecidos, descobrem, de algum modo, que aí isso não pode mais aderir, que os caminhos de funcionamento habituais, tais como prevaleciam na superfície desse mundo, não se aplicam mais.
Paradoxalmente, a incerteza, cada vez maior, permitirá a vocês, facilmente, encontrar a certeza interior, o que lhes permite fazer, de algum modo, uma reversão da consciência e que favorece, também, a reversão final da Liberação coletiva.
Dito em outros termos, tudo o que é conhecido deve apagar-se, para deixar o lugar ao desconhecido, no qual só o Amor sustenta o mundo e a manifestação, qualquer que seja.
O que pode parecer detestável para a pessoa, para a própria sociedade, nada mais é do que um ajuste às leis eternas do Amor.
Mesmo o que é dado a receber, dado a sentir, pode aparecer, em um primeiro tempo, como exatamente o inverso.
É, justamente, nos momentos nos quais a organização da vida – tal como ela era sustentada pela dualidade – desaparece, que a Unidade pode aparecer e que sua consciência pode identificar-se, para além de sua pessoa, à realidade da Unidade e do Amor.
Dito em outros termos, quanto mais houver desestabilização da organização da vida nesse mundo, mais a Unidade tornar-se-á manifesta como única possibilidade de resolver o que pode parecer haver a resolver.
A guerra do mundo conduzirá à Paz eterna, porque não, unicamente, os tempos estão consumados e chegaram, mas eles se revelam sob os seus olhos.
E essa guerra que conduz à paz desenrola-se, também, em vocês.
Ela não é ligada às suas percepções, à sua consciência, mas, diretamente, ligada e resultante da interação entre a estrutura de seu corpo de Eternidade e as estruturas sutis efêmeras, assim como seu corpo físico, é claro.
A carne, a própria matéria põe-se a vibrar.
Não é mais a energia, não é mais a energia vibral, tal como ela lhes foi explicada, tal como vocês a viveram há numerosos anos, é outra coisa.
É o reencontro final entre sua eternidade e seu efêmero, que conduz à transmutação total da matéria da qual vocês são constituídos, aqui mesmo.
É a estrutura celular agora, o mais íntimo de suas células, que muda de frequência e que vibra.
A própria matéria está viva.
Descobrir a matéria viva é deixar morrer a matéria que se acreditava morta, é ascensionar a matéria às Moradas da Liberdade.
Percepções novas surgem em vocês.
Eu não falo de sua consciência, eu não falo da própria Luz, mas eu falo, diretamente, de sua vida comum e de seu próprio corpo de carne.
Ele pode desaparecer por lugares, ele pode vibrar ao nível da própria matéria, em diferentes lugares, em seus centros de energia, mas, também, de maneira privilegiada, no que é necessário para cada um de vocês, para ajustá-los à eternidade de Cristo e à eternidade da Unidade.
Aí, também, não é questão, hoje, de dar, de algum modo, uma cartografia do que se desenrola, mas, ao invés disso, ver o que isso sustenta, do mesmo modo que teria sido possível dar-lhes a estrutura real e concreta do corpo de Eternidade, para cada consciência que peregrina nos mundos.
Mas, mesmo isso, não tem mais sentido hoje.
A transmutação que se desenrola em vocês, essa conclusão da mutação, é, exatamente, o que vocês veem na tela do mundo, o momento em que as crenças reencontram-se e enfrentam-se, o momento em que as mentiras reencontram-se e enfrentam-se.
A Verdade não tem necessidade de confrontar ou de enfrentar o que quer que seja.
O que vocês veem, em definitivo, por toda a parte, onde quer que seus olhos portam-se no exterior de vocês, é apenas a resultante da falta de amor e da falta de reconhecimento do Amor, mesmo se isso é realizado em nome do amor de um deus sanguinário ou, mesmo, em nome do estabelecimento de um paraíso terrestre que existe apenas nas fantasias daqueles que acreditaram nisso, mas que tiveram, também, seu papel, porque a esperança é portadora de Luz.
Mas, hoje, não é mais tempo de esperar, é tempo de perceber, é tempo de aquiescer e de dizer «sim» à vida eterna, «sim» à Unidade, e deixar, de algum modo, a dualidade inexorável desse mundo resolver-se por si só, tanto em sua carne como em qualquer ressonância presente em sua vida.
O peso aparente desses tempos que há a viver chama-os à leveza do ser e da Eternidade.
Vocês podem, hoje, efetivamente, dizer-se que nada mais será como de hábito na Terra, porque o tempo da última Trombeta, o tempo da revelação final desenrola-se na tela de sua consciência e no que lhes dá a ver esse mundo.
É o momento, também, no qual os discursos não fazem mais sentido, no qual o Verbo faz sentido, e o Verbo é a Espada de Verdade, o Verbo não conhece a mentira e o Verbo não conhece, tampouco, a dualidade.
Encarnar o Verbo é ascensionar a matéria.
Encarnar o Verbo e manifestar o Verbo é abalar a matéria confinada, a partir de suas fundações.
É isso que vocês sentem em seus corpos, em suas mãos, em seus pés, em seus ombros, nas Portas, nas Estrelas, nos chacras.
É a encarnação do Verbo, e a encarnação do Verbo na matéria provoca, eu diria, ipso facto, a resolução final da dualidade e de suas ilusões.
Há muito tempo, o Comandante dizia que o que a lagarta chama de morte, a borboleta chama de nascimento.
E que, é claro, um determinado elemento que há a viver, tanto para vocês como ao nível coletivo, o mesmo evento pode desencadear, eu diria, dois estados profundamente diferentes, um estado de medo ou um estado de Amor.
Aquele que tem medo é aquele que está inscrito no efêmero, no apego.
Aquele que crê que seu paraíso deve fazer-se na Terra e que se crê pó e que retornará ao pó, e que em nada mais crê ou que crê em uma posteridade na qual tudo é resolvido, na qual não há mais caos, na qual tudo é ordenado como uma máquina.
A vida não é isso.
A verdadeira Vida está no interior de vocês, a verdadeira Vida nada tem a ver com as circunstâncias desse mundo, sobretudo, quando elas chegam ao seu fim, à sua resolução final.
Lembrem-se: qualquer que seja o elemento que bate à sua porta, quaisquer que sejam as circunstâncias que se desenrolam agora em suas vidas, só o Amor é eterno e as respostas que vocês vão aportar em face de cada desafio ou de cada alegria dependerá apenas da dose de Amor e da verdade do Amor que está presente ou ausente.
É na guerra, tanto em vocês como em seu exterior, que se concebe a paz, mas não a paz desse mundo, como intervalo entre duas guerras, mas a Paz eterna, que não conhece qualquer guerra nem qualquer conflito, nem qualquer apego, nem qualquer limite, nem qualquer limitação.
Quem pode, ainda hoje, acreditar que o único futuro possível passa pela matéria, exceto aquele que está submisso à matéria e que nada reconhece do Espírito e que distorce o sentido dele, quer seja através das religiões ou de crenças ou de leis.
O que lhes dá a ver a vida e o mundo, hoje, é exatamente o que se desenrola e desenrolou-se e desenrolar-se-á em vocês.
Vocês são livres para escolher um ou o outro, vocês são livres para colocarem-se em um ou no outro.
Aí está a Liberdade e a Liberação da Terra.
Há não, unicamente, numerosas moradas, mas há, também, numerosas destinações.
Alguns de vocês são liberados, real e concretamente, a partir de agora, os Liberados Vivos.
Outros entre vocês fazem a escolha da peregrinação da consciência, em qualquer dimensão que seja, mas é a mesma Liberdade.
Hoje, é-lhes dado a viver que nenhuma Liberdade pode vir desse mundo, mesmo se, é claro, ela faça parte de grandes divisas, de grandes slogans, eu diria, e estátuas portem, mesmo, esse nome.
Vocês veem o lado ridículo de tudo isso?
A palavra, o discurso está travestido, porque o Verbo não a vivificava mais e, hoje, vocês redescobrem o Verbo, vocês o vivem.
Vocês veem a diferença?
Se vocês ainda não a veem, isso não vai tardar, porque a intensidade é tal, que a Terra, que cada irmão e irmã e que cada parcela de consciência na superfície desse mundo e nesse Sistema Solar não poderá evitá-lo.
Tudo o que se desenrola na Terra, até o Apelo de Maria, agora, é apenas uma injunção ao Amor, à qual vocês respondem ou não.
Lembrem-se de que a única liberdade nesse mundo é a liberdade de amar, porque se pode proibi-los de pensar, pode-se pôr fim aos seus dias, pode-se confiná-los, mas a liberdade do Amor não conhece qualquer confinamento e vocês são a essência e a própria natureza do Amor.
E é nessas circunstâncias específicas da Terra, anunciadas por todos os profetas, nas quais o olhar volta-se aos povos da Terra, em qualquer continente que seja, é, realmente, o que vocês vivem agora.
Nós os temos acompanhado, umas e as outras, assim como nossos queridos Anciões e os Arcanjos, ao mais exato do que era possível conceber em vocês, em seus espaços interiores, e viver, em vocês, através da consciência, através da energia, da vibração.
Hoje, o cenário e o espetáculo do mundo tornam-se eloquentes e evidentes para aquele que quer, efetivamente, olhar.
A perda dos marcadores, a perda das próprias bases sobre as quais se apoia a dualidade, além das linhas de predação e além dos governos, dos sistemas estaduais, dos sistemas organizacionais em sua totalidade veem-se, hoje, desmoronados, desmoronados e perfurados por todos os lados, pela verdade da Luz e do Amor, que não deixam qualquer interstício para o desenvolvimento da sombra.
Mas essa Luz, vocês sabem, não é desse mundo.
Não é a luz dada pelo Sol, é a Luz das partículas adamantinas, é a Luz verdadeira, essa Luz Branca da Unidade, que anuncia, também, o que está além da manifestação da consciência:
o Absoluto.
o Absoluto.
Hoje, onde quer que vocês estejam, em qualquer país que seja, vocês têm acesso à Graça, ainda é preciso pensar na Graça não, simplesmente, deixá-la como um potencial, mas permitir a ela emanar de vocês e entrar em ação, se posso dizer, na superfície desse mundo, de maneira cada vez mais radiante.
Então, é claro, vocês não estão sem ver, ao seu redor, que as forças de resistência ao que já está perdido e que já perdeu, mas que, como vocês dizem, um gol de honra, de uma honra bem mal colocada, que recusa a Inteligência e a evidência da Luz.
Mas não julguem, aí tampouco.
Isso representa apenas a falta de amor ligada à esclerose das ideias, à esclerose dos pensamentos, à esclerose, mesmo, do confinamento na dualidade.
É claro, nós sabemos, nossas irmãs como os Anciões e os Arcanjos, que uma franja importante da Terra dorme ainda, e crê apenas nas sirenes da dualidade, quer seja nesse mudo, quer seja em relação à espiritualidade.
Mas os eventos desse mundo vão, rapidamente, fazer mudar as coisas, quando só o Amor poderá ser reconhecido como única verdade.
Todo o resto não terá mais sentido e, nessa fase de última resistência e de último combate realizado como um gol de honra, pode haver, para vocês, a impressão de que há muitas resistências.
Não é nada disso.
É, simplesmente, questão que as próprias resistências e os hábitos fossilizados de mentira são iluminados, de maneira cada vez mais violenta, pela Luz.
Reconhecer isso e não nutrir isso, entrar em si, naquele momento.
Procurar em si, não como o sentido de uma busca espiritual, mas, bem mais, como encontrar a Evidência que está aí.
É nesses momentos específicos da história da humanidade que se encontram as maiores capacidades de superação e de transcendência, porque inúmeras almas, inúmeros irmãos e irmãs são impactados e tocados, certamente, com terror, o mais frequentemente, com medo, mas isso não tem qualquer espécie de importância porque, em definitivo, é, sempre, o Amor que ganha, porque o Amor é a única coisa possível, em toda manifestação, e privar de Amor uma manifestação é conduzi-la à sua própria dissolução.
Embora o que foi nomeado de «os maus rapazes», os Arcontes, tenham construído algo que lhes parecia viável, não é nada disso.
Como pode haver algo de viável, a partir do instante em que há um início e um fim?
Mas há fins mais importantes do que alguns inícios.
É o momento no qual tudo muda, radicalmente; é o momento no qual tudo se transforma, o momento no qual nada mais do que era reconhecível é reconhecível, porque é naquele momento que o homem, no sentido geral, mergulhará em si para encontrar o que ele é e não em qualquer história ou qualquer melhoria das circunstâncias desse mundo.
Observem, doravante, como quanto mais a Luz progride e mais ela se desvenda, através de seus reencontros e o que vocês veem ou vivem, mais as resistências ficam aparentes não, necessariamente, as suas, mas aquelas que se exprimem na superfície desse mundo.
Nada mais vejam aí do que isso.
Mesmo se há horror para o olhar dividido, mesmo se há horror para aqueles que perdem um conforto, hábitos, vão além das aparências e vão além, mesmo, dessa noção de causalidade, de bem e de mal.
A experiência coletiva da humanidade, neste período de Choque, é essencial.
Lembrem-se: há a negação, há a raiva, há a negociação e, em definitivo, vem a aceitação.
A partir do momento em que vocês aceitam, vocês são liberados.
A partir do instante em que vocês aceitam, não há mais questões de ordem de «proteção», não há mais questões de ordem «o que será de mim» ou «o que será de tal ou de tal».
Vocês aceitam a imortalidade.
Aí está a Liberdade, aí está a Unidade, porque ela os recentra no instante presente.
A inevitabilidade e a consciência da inevitabilidade do que se desenrola leva-os a soltar, a abandonar-se, e leva-os, diretamente, a entregarem-se à divina providência, à Luz, à Vontade do Pai – vocês o nomeiem como quiserem –, mas é o mesmo processo que se desenrola.
Nisso, vocês liberam o Verbo, o Verbo Criador.
Sua palavra não se torna mais, simplesmente, do ar que ressoa, mas porta, ela mesma, o Verbo Criador e as partículas adamantinas.
Aliás, aqueles de vocês que estão mais à vontade, se posso dizer, com a energia, com a consciência, com a vibração, percebem, facilmente, quando eles se exprimem pela palavra ou quando se exprimem pelo Verbo.
Isso não tem o mesmo impacto, tanto em vocês como no mundo.
Igualmente, no silêncio, no qual se elabora o Verbo.
Vocês têm a oportunidade de viver o que é incondicionado e que não depende de qualquer circunstância e que é, mesmo, eu diria, pelas circunstâncias as mais difíceis da Terra que vocês vivem, nesse momento, pôr o Amor à frente é dez vezes mais eficaz, se posso exprimir-me assim, do que pôr o Amor à frente quando tudo vai bem e que tudo está feliz.
É aí que vocês veem suas próprias capacidades de resiliência, de superação, de transmutação.
… Silêncio…
Lembrem-se de que tudo está em vocês.
Os Anciões explicaram que nós estamos, todos, em vocês.
Alguns outros, com sua voz estridente, insistiram nessa noção de ilusão da pessoa.
Lembrem-se, também, de que o Amor torna-os leves e que a Unidade alivia-os, ela também.
Façam a experiência disso, porque vocês não estão mais nos conceitos, nas ideias, vocês não estão mais em uma história ou em uma projeção de uma história que se melhoraria, mas vocês estão na Verdade, vocês estão no Verbo, vocês estão nos tempos do Apelo.
É isso que vai aparecer à sua consciência, de modo cada vez mais fácil, de modo cada vez mais direto, mesmo.
Vocês constatarão, por si mesmos, que, quanto mais há circunstâncias ou eventos qualificados de horríveis pela pessoa, mais vocês viverão o Amor.
Isso não é um paradoxo, mas decorre, diretamente, disso.
Ao descobrir isso, se já não é o caso, muitos de vocês suprirão o que pode aparecer-lhes como um atraso, mas que não é um.
Simplesmente, o momento e o tempo não haviam chegado para eles.
Retenham, também, no que me concerne, que nos momentos de dúvida, que nos momentos em que lhes parece recair, de uma maneira ou de outra, no sofrimento, no horror, no que lhes parece impossível a resolver ou a regular, que a Unidade e minha Presença e minha vibração, que eu porto, são capazes de resolver isso em vocês.
Vocês devem, também, sair dos esquemas habituais de funcionamento em seu mundo, ação-reação-solução; vocês devem sair dos modos habituais de solução problemáticas de sua vida.
E tudo isso concorre, também, para fazê-los recobrar a ação da Inteligência da Luz em sua vida, não mais, simplesmente, em seus espaços interiores, fundido na Luz Branca, no Si, mas, diretamente, nesse mundo, na explosão, se posso dizer, dessa dualidade.
As regras mudam, os mecanismos mudam.
Vocês descobrem setores inteiros que lhes eram insuspeitos, quer seja com os povos da natureza, quer seja em vocês, quer seja em sua capacidade para amar, real e concretamente, sem condições.
Qualquer que seja a história, qualquer que seja o sofrimento, qualquer que seja a satisfação, vocês constatarão que, cada vez mais frequentemente, é muito mais sábio e muito mais fácil colocar-se nesse Amor sem condições, que nada aspira e nada espera, porque aí está a verdadeira vida.
Retenham, também, que, na encarnação do Verbo, na realização do Verbo Criador, não há lugar para o intelecto, não há, mesmo, lugar para a mínima compreensão.
A compreensão deve ser substituída, de algum modo, pela evidência da Graça e a evidência da vivência que se basta a si mesma.
É nisso que vocês medem, em si mesmos e por si mesmos, o que pode restar, ainda, para deixar desaparecer, para descobrirem-se, inteiramente.
… Silêncio…
Você vê, talvez, por si mesmo, que, conforme sua implicação no desenrolar da agonia desse mundo, você está na alegria ou você está na dor.
Torna-se-lhes cada vez mais fácil identificar esses momentos nos quais seu humor, sua alma, seu Espírito mudam, de algum modo, de polaridade e, aí, retificar, muito rapidamente, o tiro, se posso dizer, colocando o Amor à frente, fazendo o silêncio, deixando o Verbo ao invés de sua pessoa decidir por vocês.
… Silêncio…
Olhe, também, como lhe acontece de desaparecer para esse mundo, de maneira incisiva, mesmo involuntariamente.
Olhe as vibrações de sua carne e não mais a energia vibral ou a Luz vibral, porque sua própria carne torna-se vibração.
Não se deixe enganar por nada e esteja firmemente ancorado, se posso dizer, no Amor e na Eternidade que você é, porque tenha certeza de que alguns, mesmo que hoje pareçam em contradição com isso, virá um momento no qual eles terão, como dizer..., mais do que suficiente para viverem e serem confrontados às suas próprias contradições e apenas poderão, em definitivo, reconhecer o Apelo de Maria e posicionar-se, quando desse último apelo, na verdade da Luz.
Aí está a Ação de Graça, aí está o estado de Graça.
O que pode temer aquele que vive sua eternidade, mesmo de maneira fragmentada?
Apenas teme aquele que nada conhece da Eternidade e que apenas faz projetá-la através das crenças, das religiões, e que nada tenha vivido dela no coração.
Aquele que crê que há o que quer que seja a impor, a si mesmo ou ao outro, não pode ser livre, e essa ausência de liberdade conduz ao que vocês observam na tela do mundo e faz encontrar escapatórias ou soluções onde não há.
… Silêncio…
O mundo, aquele sobre o qual vocês andam, leva-os, também, à maneira dele, a situarem-se, de maneira definitiva, no medo ou no Amor.
Não pode haver Amor e medo, não pode haver medo e amor, cada vez menos.
Há Amor ou há medo.
Há Verdade ou há mentira, e isso não depende de seu ponto de vista, isso não depende de vocês e, ainda menos, das circunstâncias desse mundo e, no entanto, é o que dá a ver esse mundo.
… Silêncio…
Eu poderia continuar a exprimir-me muito longamente, mas o mais importante não é o que eu exprimo nem o que vocês ouvem, nem mesmo o que vocês compreendem.
O importante é o próprio reencontro, porque, aí, vocês vão à origem do Amor, à origem do Espírito.
… Silêncio…
O que o mundo dá-lhes a ver, enfim, e dar-lhes-á a ver, cada vez mais, é que não existe resolução de um conflito, qualquer que seja, em face da Luz.
Há apenas a evidência da Luz, que resolve o conflito, remetendo-o ao lugar dele, como algo que não é amor e que, portanto, não pode, mesmo, existir nem entrar em uma manifestação qualquer.
É a essa morte que vocês assistem, tanto em vocês como nesse mundo.
Morre apenas o que é mortal e ressuscita a beleza.
Não se apeguem às palavras, às imagens, aos conceitos, mas descubram sua verdade, a Liberdade que propicia o Amor incondicionado, a leveza que desencadeia o Fogo do Coração.
Então, sim, eu venho encorajá-los a atravessar todas as aparências, a atravessar todas as alegrias como todas as provas com o mesmo amor, não um amor que vocês projetariam como uma solução ou como um espaço de resolução, mas, bem mais, como a única realidade e verdade tangível que não é afetada pelo tempo e que não é afetada por pessoa alguma.
Aí está, de algum modo, o que eu chamaria de «salvo-conduto».
Retenham, também que, no Amor, nada há a temer e que, no medo, efetivamente, há tudo a temer.
Eu sou Gemma Galgani e, além de minhas palavras, permitam-me comungar, ainda uma vez, com vocês, com cada um de vocês.
… Comunhão…
Eu terminarei por essas palavras também: quaisquer que sejam as aparências, regozijem-se, qualquer que seja a desordem, regozijem-se, porque há bem mais do que a promessa da alegria eterna de sua Ressurreição.
Há a verdade do instante presente que, doravante, desvenda-se em toda sua majestade, a partir do instante em que vocês não nutram mais o que dá sofrimento em vocês, a partir do instante em que vocês o veem e no qual a esperança na ação da Luz é bem maior do que o que vocês poderiam compreender, do que vocês poderiam elucidar por si mesmos.
… Silêncio…
Até logo.
Post. e Formatação
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10/12/2015
10/12/2015
Tradução e Divulgação
Célia G.