04/11/2015

BIDI - Perguntas/Respostas (10)

Satsang Setembro de 2015
"O Absoluto não desempenha um papel
ele é ele mesmo".

"O Absoluto mental tem necessidade de
reconhecer-se no olhar do outro".

Bem, Bidi está com vocês.

Questão: após a intervenção de Maria, eu vivo uma alegria interior profunda, eu me banho nesse estado que, eu acho, corresponde ao Si e não ao Absoluto.Como atravessar esse estado sem deixar essa alegria profunda, para que o Absoluto revele-se a mim?

Deixe morrer a experiência.

Ela se transformará por si mesma.

Só aqueles que confinam o Si estão no erro.

Aceite essa alegria, mas não procure apreender-se dela, nada mais procure, não procure manter o que foi vivido, não se prenda a isso, tampouco.
Se o Si se afasta, é que você procurou segurá-lo.
Se o Si instala-se, é que você não se deixa mais enganar e você nada retém.
É o único modo.
Não congele a experiência, e a vivência, apegando-se a ela. 
Mesmo se eu conceba que isso lhe parece um tesouro inestimável.
Nenhum tesouro pode manter-se, ele passará, ele também, de qualquer modo.
Como esse corpo, como esses pensamentos e como essas experiências.
Como todos os estados possíveis.

… Silêncio…
21…

Questão seguinte.
Questão: você pode desenvolver sobre o tema que você abordou: densificar o Amor?

Densificar o Amor é pô-lo em manifestação nesse mundo.
Não por qualquer vontade, o que é impossível, mas, bem mais, pela Graça, bem mais eventualmente, sendo um observador.
É deixar aparecer a Luz, o Amor, o Conhecimento, que é independente de qualquer emoção, de qualquer mental, e de qualquer história de carma.
É o instante presente, é o momento no qual a densidade do Amor revela-se por sua simples Presença ou por sua simples Ausência.
Sem nada pedir, sem nada esperar, sem nada projetar e, sobretudo, sem nada interpretar, ou seja, não se servindo de nada do que é conhecido.
Densificar o Amor é não mais interferir com o que você é aqui mesmo, o Parabrahman, independentemente, aliás, do que você tenha decidido, independentemente, aliás, do que você pensa, e quaisquer que sejam seus desejos.
É, exatamente, nesse contexto histórico preciso que você vive.
Do mesmo modo que aquele que deixa esse corpo, e que tem o tempo de saber disso, vive, já, esse reencontro e essa densificação do Amor nos instantes, nos dias ou nas semanas que precedem o desaparecimento do corpo.
Esse desaparecimento do corpo, quando da transição normal, é a condição ótima para que se manifeste a densidade e a densificação do Amor.
Eu posso dizer que o Amor torna-se palpável.
Não o amor entre dois seres, não o amor de circunstância, mas como primeira emanação do Parabrahman ou do Absoluto, ou seja, a própria Fonte, o Brahman.
Aí está o que é densificar o Amor.

Questão seguinte.

Questão: a irmã que você ajudou com sua saúde e seu exame leu as duas respostas que você forneceu a ela.
Ela lhe agradece.

Bem, eu também.
O simples fato de ter-me lido é, já, eficaz, mesmo se haja a incompreensão ou recusa, porque isso passa além.
Além das palavras, além da circunstância atual, e isso se imprime no mais profundo dela.
Quer haja aceitação ou negação ou incompreensão, isso não tem importância alguma.
É o mesmo para todas as respostas que eu tenho fornecido a vocês.

… Silêncio…

Questão seguinte.
Questão: como diferenciar a voz interior da voz do mental?

Para aquele que a vive ou aquele que observa?
Porque há duas respostas.
Então, vejamos as duas, se quiser.
A voz do mental é estéril.
Ela conduz apenas a sempre mais colocar-se questões e a sempre tentar situar-se, em uma relação, em uma circunstância, e, portanto, depende da pessoa.
Ela nada tem a ver com o Absoluto.
O Absoluto real, como eu disse, vivido, realmente, não se embaraça com convenções, papeis, funções nesse mundo, ele deixa a vida fluir e exprime-se espontaneamente.
Porque o que fala, naquele momento, não é a pessoa.
Quer você chame de entidade, quer você chame de Cristo, quer você chame de Fonte, pouco importa.
As palavras são livres de qualquer apego, de qualquer condicionamento e de qualquer conhecimento anterior, mesmo se ela possa apoiar-se nele.
Mas são apenas palavras.
Que fluem por si mesmas.
O Absoluto real não conhece qualquer medo, qualquer que seja sua vida aqui embaixo, sobretudo, os medos correspondentes à sua evolução e ao que ele é.
Enquanto aquele que não o vive, e a resposta, aí, põe-se no segundo aspecto, vai traduzir-se por um desempenho de papel.
O Absoluto não desempenha um papel, ele é ele mesmo.
O Absoluto mental tem necessidade de reconhecer-se no olhar do outro.
Para o Absoluto, não há outro.
Não há ninguém.
Não nas palavras, mas na vivência real.
A vida exprime-se livremente, sem entrave algum ligado à pessoa, às circunstâncias, a qualquer carma ou qualquer situação.
Em um caso, é a palavra, que é mentira (no Absoluto mental), e, no outro caso, é o Verbo.
O Jnani exprime-se diretamente depois do Absoluto, mesmo estando com você e desempenhando um papel, aquele que transmite a palavra que é Verbo.
Mas aquele que está na confusão encontrará, sempre, em seu caminho, um falso Absoluto, para mostrar a ele seu próprio erro, e ao outro também.
O Jnani nada tem a ver com todos esses jogos, todas essas interações e qualquer justificação em uma religião, uma energia, uma religião, uma vibração ou uma cultura.

Questão seguinte.
Questão: qual é o ensinamento do sofrimento do corpo físico, e como desidentificar-se da pessoa, quando há sofrimento e dor física?

Não se apoiar no conhecido.
É claro, existem regras desse mundo e regras desse corpo que devem ser seguidas.
Quer seja a medicina normal ou a medicina natural ou qualquer saber que seja que possa vir na ajuda.
Seria preciso ser estúpido para acreditar que o Absoluto não sofre.
Quando eu morri nessa encarnação, eu sofria.
Mas isso jamais afetou a minha consciência, porque não havia pessoa.
Portanto, aquele que sofre em seu corpo, hoje, está, ainda, identificado à pessoa.
Mas é preciso tratar da pessoa, até que não haja mais pessoa.
Caso em que você se aperceberá de que o sofrimento não pode ter qualquer impacto.
Ele é vivido, experimentado, mas sem qualquer impacto em lugar algum.
É um sofrimento que eu qualificaria de mudo.
Você sabe muito bem, sobretudo, no Ocidente, que há místicos, nos tempos passados, que sofriam.
Mas o sofrimento da pessoa não é o sofrimento do Absoluto.
Liberar-se do sofrimento é, já, liberar-se de si mesmo.
Porque, naquele momento, o sofrimento não pode pendurar-se.
Ele é atravessado com felicidade.
E há, frequentemente, uma relação intensa entre o sofrimento e o gozo, coisa bem conhecida junto aos místicos ocidentais, como o que vocês olham entre os Anciões.
Por exemplo, Um Amigo tinha, é claro, inumeráveis sofrimentos.
Será que isso afetava sua Luz, seu sorriso e sua Presença?
Não.
Enquanto aquele que sofre na pessoa afetará sua própria consciência, devido à presença do sofrimento.
Mas lembre-se de que o que você experimenta está aí apenas, justamente, para ser atravessado.
Mas é preciso, também, ocupar-se da pessoa.
O que está na carne releva da carne, da química, da vibração, da energia, de tudo o que é chamado terapêutico.
Se você precisa da terapêutica para esquecer-se do sofrimento, então, não seja estúpido, trate-se.
Não procure, mesmo, mais, a explicação do porque e do como, mas encontre o que é eficaz, porque jamais o Absoluto fará desaparecer qualquer sofrimento.
É, simplesmente, o desaparecimento da pessoa, que não afeta o que você é, qualquer que seja o sofrimento, qualquer que seja a deficiência.
Quando eu tive o que vocês nomeiam um câncer, nada mudou; eu estava apenas fatigado.
Mas isso nada mudaria no Parabrahman, caso contrário, eu teria mentido.
Compreenda isso.
O que releva do corpo releva da matéria.
O que releva do Espírito releva do Espírito.
Quando não há reconhecimento do Jnani em você, você passa pelo sofrimento quando há doença, e esse sofrimento afeta, efetivamente, sua pessoa.
Mas apreenda que, mesmo aí, não há qualquer obstáculo para ser o que você é.
Há obstáculo para ser uma pessoa, é tudo.
E como o Jnani não é mais uma pessoa, há sofrimento, mas ele não sofre.
Ele identifica o sofrimento, não como origem, mas como manifestação desse mundo efêmero que, ele também, desaparecerá.
E não esquecer-se, também, de que, frequentemente, você está apegado aos seus hábitos e, portanto, também, aos seus próprios sofrimentos, porque há vantagens: para que se olhe você, para que se alivie você, para que se ajude você.
O Jnani não se coloca, jamais, a questão do sofrimento.
Se há dor, ou ele passa através, ou, se ele tem necessidade de química, ele tomará a química, ou outra coisa.
Mas ele não é dependente disso, ele não é afetado.
Ele está plenamente presente, nesse saco de carne, em sua Presença ou sua Ausência, mas nada do que vem do saco de carne pode afetá-lo.
Só o Si pode ser alterado e, ainda, nem sempre.
Eu tomei o exemplo de Um Amigo, há outros, é claro.
Olhe a Estrela Teresa.
Ela estava em êxtase, e na impaciência de juntar-se ao que ela era.
Ela jamais renegou sua vida, mas foi uma grande alegria para ela deixar o efêmero, sem, contudo, querer pôr fim ao efêmero.
Você é parecido?
Então, você está no bom caminho para descobrir-se a si mesmo.
Caso contrário, ocupe-se da pessoa, desse saco.
A partir do instante em que você aceita, totalmente, que você é efêmero, a partir do instante em que você aceita o que, mesmo como pessoa, você chama o neante sua verdade eterna, o sofrimento dissolve-se e você não sofre mais.
No plano do Espírito, o Jnani não se ocupa do sofrimento, ele não se ocupa de nada em relação a esse sofrimento.
Se ele está incomodado, então, ele não se coloca questões, ele toma o que é preciso e a vida derramará para ele o que é preciso, sob qualquer forma que seja.
Quer seja a química, quer seja uma mão salvadora ou que nada haja, isso nada muda.

… Silêncio…

Questão: ao escutar sua resposta sobre a origem de nossos pensamentos, apesar da presença de sua voz, eu nada retive.
Meus pensamentos desfilavam na tela de minha consciência, sem que eu ali portasse atenção.
Eu estava aí, sem estar aí.
A um dado momento, eu me reencontrei no espaço, a olhar as estrelas.
Você pode esclarecer-me sobre o que aconteceu e dar-me um conselho?

Continua Bidi (11)
(em formatação)




Post. e Formatação
Semeador de Estrelas.

http://semeadorestrelas.blogspot.com

Tradução e Divulgação
Célia G.
Leituras Para os Filhos da Luz.

Francês: https://lestransformations.wordpress.com/2015/09/28/bidi-par-bidi-satsang-dernier-chapitre-septembre-2015/

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