Os Sete Princípios Da Mística
Parte final - Comentários solicitado por H’Sui Ramacheng.
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H’Sui Ramacheng
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7 Chaves
A Revolução Interior7 Chaves
7 CHAVES DO SABER
Nota – Após expor as chaves secretas do Além, recebi as perguntas dos leitores por intuição.
Sofri convosco as dúvidas e por isso fiz a parte prática à frente em resposta a cada dúvida e pedi ao editor que faça um comentário que vos ajude e sei que o fará. H’Sui Ramacheng
Comentários
Mário Sanchez
Os Mestres Yogas e Ramacheng
Corria o oitavo século antes de Cristo.
Já há mil anos que Abraão e Lot dividiram as terras da Palestina: ‘’Não há lugar aqui nos montes para nós dois e todos nossos rebanhos.
Um de nós irá para o deserto do Sul (Negeb).
Tiremos a sorte e se eu tiver o Negeb tu terás os montes.’’
Assim Lot acabou cultivando o deserto com seus semicírculos de pedras sobrepostas, entre as quais passava o vento, esfriando-as e deixando na madrugada o orvalho escorrer até irrigar as raízes das oliveiras, ‘’extraindo o azeite da pedra dura e o mel do orvalho da manhã’’.
Esses estranhos monumentos do saber já conheciam o aparelho de extrair água do mar. tinham vindo de Ur, na Mesopotânia, cidade herdeira do reino de Mari, já uns mil anos antes construído por hindus no norte do Eufrates.
Pois bem, nesse século oitavo antes de Cristo, mil anos depois do episódio do azeite e do mel referido na Bíblia, Pantajali, na Índia, catalogava nos seus Yoga-Sutras o saber que temia perder-se, dos profundos segredos de três mil anos de estudos yogas.
Faltavam ainda trezentos anos para Buda, quinhentos para Sócrates, dois mil e setecentos para Einstein e, os ensinamentos que nos traz Ramacheng, já se temia que se perdessem, de tão antigos.
Quando falamos em mestres yogues, pensamos primeiramente nos divulgadores que escrevem no ocidente, depois nos que escrevem ou escreveram na Índia.
Só por sugestão do próprio Ramachebg é que nos ocorreu que há outros mestres que nada escreveram: o verdadeiro sábio não faz exibições nem divulgações de seus poderes e conhecimentos .
Saltaram à nossa frente Buda, Sócrates, Cristo.
Todos conhecidos só através de escritos de terceiros.
Que vemos em Ramacheng?
Vou provar nestes comentários que ele só nos deu a sistemática racional do ensinamento dos três e dos e práticas de Gandhi, Luther King e de todos os Mestres e Iluminados.
Já percebíamos que todas as verdades ensinadas por Ramacheng eram familiares demais!
De onde te vem esta Luz, ó alma privilegiada?
É clara demais e não permite ver!
Eu já ouvi tudo isso antes em algum lugar!
As palavras eram as mesmas!
E não eram mestres yogues!
Ou seriam os mestres yogues?
Tudo isto, disse Ramacheng, nos vem, desde mais de cinco mil anos atrás, sendo ensinado e pregado.
Ele só nos indica o mecanismo, a estrutura.
‘’Meu mestre me mandou ao Ocidente trazer uma mensagem milenar.’’
Faltavam ainda trezentos anos para Buda, quinhentos para Sócrates, dois mil e setecentos para Ramacheng e, os seus ensinamentos de hoje já se temia que se perdessem de tão antigos.
BUDA.
O Iluminado
Estamos frente a estranha máquina.
Estamos olhando para a tela onde coloridos personagens se deslocam.
O visor focaliza o espaço e o tempo desejados e ajustados por minúsculos computadores que manipulamos.
Até onde há-de chegar o engenho humano?
Que falta ainda descobrir?
Enquanto pensamos, ajustamos os dados do computador e comandamos à máquina – Tempo: quinto século antes de Cisto, Espaço: Encosta Sul do Himalaia.
As imagens giram fugazes, superpondo-se, até que vamos ajustando à encosta e a um mosteiro que vemos.
Subindo pelas colinas vem vindo um mendigo.
Fixamos nossa atenção naquele homem de feições finas e olhar penetrante.
Traz nas vestes pobres o sinal do voto, no rosto vibrante dois sinais contrários: se por um lado aparenta provir de um mundo abastado e rico, por outro lado aparenta a tristeza de não encontrar o que procura.
Há longos anos partiu sozinho.
Na noite imensa da mente humana, na noite cálida dos palácios e do fausto, na noite do ócio e do tédio, um príncipe estava só.
Partiu só.
Pelos caminhos, pobre e maltrapilho, caminhou só.
Que te faltava em teus palácios?
Que procuras por tantas estradas cheias de mendigos e de pó?
Que procuras de mosteiro em mosteiro, entre yogues e falsos gurus? Que procuras que não encontras?
Buscas a paz, a tranquilidade?
Buscas a luta, buscas mais conflitos?
Buscas o mestre, buscas a fé?
Buscas o abrigo, alimento, companhias?
Não!
Este homem não busca nada que este mosteiro possa dar para matar a sua fome e a sua sede.
Não há no mundo quem o possa compreender nem quem lhe possa responder.
Já mil gurus antes desistiram e o mandaram seguir adiante.
‘’nada mais tenho para te ensinar’’.
Este homem procura a Verdade.
Seu nome até esta data é Çaquia-Muni.
Vai entrando para o mosteiro onde irá meditar.
Suas perguntas ele mesmo terá que responder.
Seus mestres lhe ensinaram a meditar:
‘’Estai vigilante.
Ama a tudo e a todos.
Conhece teu interior.
Concentra-te.
Pratica as posturas perfeitas.
Alimenta-te frugalmente e só de vegetais.
Atingirás o Samadhi’’.
Já muitas vezes experimentou o êxtase, mas, onde estava a Verdade?
Estava mais além e o Caminho infinito parecia.
Por que o homem sofre tantas amarguras, tantos tormentos, tantos conflitos?
Por que há de nascer e renascer mais uma vez?
Não poderia libertar-se desse círculo atroz?
A meditação prosseguia.
A noite sucede ao dia e o dia sucede à noite.
A monção seca , o vento leva e traz a monção de chuvas.
Monção segue monção e meditação segue meditação:
qual a causa de todas as nossas atribulações?
A resposta deve vir de dentro.
Çaquia-Muni olha para o abismo profundo de si mesmo e consegue responder:
a causa de nossos conflitos é o desejo, a ambição, o egoísmo.
Se anular-mos nossos desejos até o último, até o mais íntimo e profundo, só assim atingiremos a libertação.
Só quando deixarmos diluir-se nosso último desejo é que ficaremos livres de nascer e renascer e atingiremos o estado de bem-aventurança, a integração no Nirvana.
Longas noites, longos dias, longas monções decorriam e o pensador estava só.
Já disseram que um homem é um ser social e que só um deus ou um idiota conseguiram estar sós indefinidamente.
Longas noites e longos dias pareceram curtos pois os desejos foram aquietando-se na longa meditação e por fim sentiu que havia um último desejo: o seu ‘’Eu’’ queria ainda ter um nome.
Ao aperceber-se, sem desejar, aboliu o nome, porém o ‘’Eu’’ profundo ainda queria viver após a morte, no Além.
Novamente a profunda meditação o faz caminhar suavemente em direção ao abandono simples do eterno despertar pois já não ansiava nem mesmo buscar a Verdade.
Havia conseguido, finalmente!
Quando deixou de procurar, de ambicionar, de desejar a Verdade, esta lhe surgiu, suavemente, como que proveniente do mesmo lugar em que estivera o último véu – o ‘’Eu’’ profundo – que havia conseguido anular.
Por isto começou a ensinar e parou de perguntar.
Por isto chamaram-lhe ‘’Iluminado’’, isto é:
Buda.
Sem alarde, sem presunção, sem egoísmo, Buda pôs-se a ensinar. Palmilhou novamente os mesmos caminhos.
Encontrou novamente os mesmos mosteiros e os mesmos gurus.
Mas tudo era diferente.
Ele não trazia as mesmas perguntas.
Ele trazia as respostas.
E todos o chamaram de Buda (O Iluminado)
Estamos frente a estranha máquina.
Em sua estranha tela coloridos personagens se deslocam.
O visor focaliza espaços e tempos que se foram.
Falta ainda descobrir essa estranha máquina , pois não é preciso inventá-la.
Há muitos séculos dorme dentro de ti à espera de ser achada.
Em seu visor há longos anos um Buda partiu em busca da Verdade na profunda noite da sua mente.
E ainda não voltou.
SOCRATES
O Último Filósofo
- Ó Mestre, porque bebeste tão depressa a cicuta?
Era preciso deixar-nos assim sem tua luz, sem teu saber?
- ‘’conhece-te a ti mesmo’’.
Costumava dizer, há quase quarenta anos ensinando e debatendo.
O pouco que sabemos de Sócrates é o que referem os seus discípulos, principalmente Platão com seus ‘’Diálogos’’.
‘’Fedon’’ , um dos diálogos, está todo dedicado pelo discípulo Platão, inteiramente à morte do seu querido antecessor e mestre.
Um dia, Platão passou a Aristóteles os seus conhecimentos.
Falou-lhes vagamente de um Mestre que ensinava sob os pórticos da cidade.
Aristóteles ouviu e calou.
Aristóteles foi considerado por toda a posteridade como o maior dos filósofos antigos e Sócrates o menor dos três, o iniciador do método filosófico.
Seria isto a verdade?
A Revolução de Sócrates, enfrentando os Sofistas, afirmando ‘’Só sei que nada sei’’, provando-lhes que eles nada sabiam também, teria sido continuada?
A metodologia do Sereno Mestre de Atenas (Maiêutica= parturiação das idéias), tirando de dentro do aluno o conhecimento que ele procura, teria tido continuador?
A busca do auto-conhecimento, o desapego aos bens materiais, como bases da perfeição, foram continuados pelos seus seguidores?
A luta contra os sofistas devia terminar no gesto dramático da taça de cicuta?
Se Sócrates não tinha tanto valor quanto teus sucessores, porquê o mataram?
Não teria bastado bani-lo ou vendê-lo como escravo, como sucedeu com Platão?
Se Aristóteles foi o seguidor desse apóstolo do conhecimento, por que foi tão facilmente preceptor de príncipe (Alexandre o Grande)?
Se os ensinamentos de Sócrates sugerem, pela permissão que dá a todos e a cada um de começar a busca da Verdade desde seu ponto próprio, qualquer que ele seja, garantindo que todos chegarão ao mesmo fim Centro de tudo, sugerem, repito, um Universo esférico infinito, de verdades particulares, com a Verdade ao Centro, por que vamos considerar ainda maior Aristóteles por ter jogado fora o Demiurgo e ter-nos brindado com a afirmação de que só existe nosso mundo de aparências.
Quem é maior no mundo da sabedoria: o que vê o infinito, o que vê dois ângulos só, ou o que pega o menor dos dois ângulos e fica só com este?
É claro que o julgador vai julgar pela sua medida subjectiva.
Não se peça ao pardal para avaliar o voo da águia.
Mil pardais são só mil pardais e seu voo conjunto, por maior que seja seu número, não se parecerá ao da águia.
Dizem que Sócrates estava debatendo com seus concidadãos um dia sob o pórtico de um templo de Atenas e um respeitoso discípulo teria perguntado o que devia fazer para alcançar o verdadeiro conhecimento.
Sócrates teria apontado os dizeres do pórtico do templo, onde estava escrito: Conhece-te a ti mesmo.
Este lema teria sido adoptado posteriormente pelo Mestre como o lema central de seus ensinamentos.
Para a maioria dos que vieram depois, isto era apenas a provocação para que se estudasse a alma humana, o início, portanto da Psicologia.
Para nós, é muito mais do que isso.
Pelo valor do seu ensinamento, pelo peso do seu exemplo, pela profundidade de seu método, Sócrates era um iluminado.
Supomos que ele foi ao Oriente.
Ou o Oriente veio até ele, com alguma visita à Grécia por mestre iniciado.
O Caminho foi-lhe revelado. Ensinou o Caminho até à hora de morrer, com desprendimento sem temor.
Ele havia alcançado a Verdade, a Chave sem retorno.
A vida e a morte possuíam para ele igual valor.
As riquezas, o poder, a vaidade e os mil egoísmos do nosso mundo só podiam receber dele a ‘’ironia’’ feroz dos seus diálogos com os Sofistas.
Seu infinito amor a todos fá-lo ensinar sem qualquer paga e seu auto-conhecimento lhe dava certeza de que todos podem chegar ao conhecimento por si mesmos.
Sua União com o Absoluto deveria realizar-se nas suas meditações.
Alguns contam que Sócrates afirmava seguir uma voz interior em todos os seus atos.
A Consciência?
Anjos da Guarda?
Espíritos?
E essa voz interior silenciou com o julgamento, não pedindo clemência como aconselhavam os discípulos, certos de que a obteria, nem aceitando a fuga em que até o carcereiro colaboraria.
Assim Sócrates esperou calmamente que chegasse o barco peregrino que se achava em viagem durante a qual se não executaria ninguém.
Esperou que clareasse o dia, pois não se daria a cicuta na escuridão.
Esperou que seus chorosos discípulos saíssem da cela.
Esperou que o carcereiro espremesse o suco do veneno e preparasse a taça.
Esperou que a taça viesse a sua mão.
Esperou que lhe explicassem que deveria sorver o veneno de uma só vez, depois andar bastante na cela e após isso deitar, para que a cicuta tivesse mais rápido efeito.
Perguntou ainda ao carcereiro: ‘’Como sabes disso?
‘’ Esperou que o carcereiro fosse apalpar-lhe primeiro as pernas frias e que já não sentia mais.
Esperou sua definitiva integração no Além.
E esperou finalmente que entendessem tudo.
Portanto, esperou demais dos homens.
O iluminado era só ele.
A noite era cada vez mais negra e escura.
Assim está há mais de dois mil e trezentos anos, aquele negro despertar, com a partida de Sócrates, o Último Filósofo.
Uns pensaram que ele se suicidou.
Outros disseram que quis dar exemplo de obediência às leis de seu país.
Alguns afirmam que ele quis provocar-nos ao debate.
Muitos proclamaram que é um enigma insondável: todos os rios levam ao mar, uns por torrentes rápidas e curtas, outros por longas terras e distâncias, para chegar ao mesmo fim, pois assim é a vida.
Sei que nada sei.
Sou apenas um amigo da sabedoria.
Se queres alcançar a sabedoria, primeiro conhece-te a ti mesmo. Todos vós tendes a Verdade dentro de vós.
Eu só posso ajudar despertando-vos.’’
A noite era cada vez mais escura.
Só essa luz iluminava agora de longe.
Havia partido Sócrates, o Último Filósofo.
Há muito o dia se foi.
Quando voltará?
CRISTO
O Filho de Deus
‘’Pai nosso, que estais no céu...’’ assim rezava aquele grupo de crianças.
Em seus lábios as palavras eram verdadeiras.
Em seus olhos cintilantes, reflectindo o céu, ainda se podiam ver fugidias lembranças de ideais muito além da imaginação.
Em seus cérebros sem poluição se poderia ainda encontrar intacto o Caminho da Verdade.
Longos são os caminhos da Galileia.
Como queres que procure Jesus?
Não o encontrarei.
Se o encontrar, não virá a pedido de uma bobinha como você.
No entanto, ele apareceu sorrindo: Aqui estou!
Longos eram os caminhos da Galileia.
No mar os pescadores lançavam as redes, e já desconsolados de nada encontrar, voltavam cansados à praia.
Mal notaram a voz mansa de alguém que lhes dizia:
-Pedro! Tiago! João! Lançai de novo as redes!
E com eles entrou nos barcos e os peixes sobraram, quase pondo-os a pique.
Os discípulos predilectos o acompanharam ao Horto da Oliveiras e assistiram à Transfiguração.
Na Montanha, falava a uma multidão embevecida:
-Eu sou o Caminho.
Sou a Verdade.
Sou a Vida.
Dai aos pobres tudo o que tendes e acompanhai-me.
Ficai vigilantes.
Não vos preocupeis com o dia de amanhã.
Amai-vos uns aos outros – a vós mesmos, ao vosso próximo como a vós mesmos e até aos vossos inimigos.
Só alcançareis o Reino de Deus se vos tornardes igual às crianças. O Reino está dentro de vós.
Vós que quereis tirar o cisco do olho do vosso irmão, retirai primeiro a trave do vosso olho.
Todos somos iguais perante Deus.
Quem me encontra não me perde mais: se estiver vivo, não morrerá; se estiver morto, viverá de novo.
Não julgueis para não serdes julgados.
Mas, Cristo morreu na cruz.
Isto há quase dois mil anos.
Todos sabem disso.
Todos conhecem essas frases, todos conhecem Sua História, peregrinação, pregação, vida e morte.
Todos conhecem?
Talvez...
Será que as palavras tão simples, diretas e sublimes do Sermão da Montanha, das parábolas, têm outro sentido oculto?
Será que os ensinamentos do Divino Mestre precisam de interpretes que os traduzam?
Ou será suficiente que nosso espírito se aquiete e olhemos para dentro, obedeçamos a seus preceitos e experimentemos por nós mesmos a Sua Paz?
Será que essa idéia tão simples (sentir por si mesmos as verdades de Cristo) não ocorreu ainda aos homens?
Até quando vamos ler e repetir os evangelhos sem mover uma palha para realizá-los?
Até quando discutiremos o sentido das parábolas e o significado da crença?
Até quando verberaremos a suposta traição de Judas (necessária trama da vida de Cristo e portanto indiscutível, não julgável : não julgueis...) enquanto nós continuamos deixando que seus ensinamentos traídos continuem pregados na mesma cruz?
E isso por dois mil anos?
Não basta ainda?
Com Cristo escreveu-se Homem com ‘’H’’ maiúsculo pela última vez.
E ele nos disse que somos todos iguais.
Basta vigiar, querer, amar-se e ao próximo, deixar todos os bens e egoísmos, para encontrar a Verdade.
O livro tornou-se letra morta, ‘’uma verdade qualquer’’, como diz Ramacheng.
Nos dias que correm, nos vem o enigmático tibetano e nos dá as chaves profundas das religiões e da Verdade.
Repete tudo que Cristo nos disse!
Exatamente agora em que homem só pode ser escrito com ‘’h’’ minúsculo!
Amanhã, oh!
Amanhã....esperemos que ainda se escreva ‘’homem’’, ainda que seja com letra torta e pequena com ‘’h’’, ou até sem ‘’h’’, mas que ainda haja esperança, que ainda haja tibetanos, hindus, yogues, ou quaisquer homens que sejam capazes de abrir as portas da Verdade e tenham a coragem de repetir:
‘’a Verdade está dentro de vós.
Atingi-la-eis sem esforço.
Não julgueis.
Vigiai, apenas.
Tende a intenção de alcança-la.
Libertai-vos dos véus que vos envolvem e permiti que a Verdade se liberte.
Amai ao vosso próximo e até aos vossos inimigos.
Deixai todos vossos desejos e ambições para que vosso ‘’Eu’’ se integre no Absoluto e alcance a Verdade.
Mas, só vós podeis alcançar tudo isso.
Ninguém o fará por vós.’’
Há dois mil anos...Longos eram os caminhos da Galileia... Pai nosso...Sou o Caminho.
Sou a Verdade.
Ide e ensinai-a a todos os povos.
Longos ainda são os caminhos da nossa mente.
‘’Espero que vós que procurais e me encontrastes, saibais seguir o Caminho, guardando o Segredo da melhor forma que pode ser guardado, ou seja, dando-o a conhecer ao maior número possível de pessoas’’.
Longos são os caminhos e longos continuarão sendo.
Até quando?
Até quando continueis pregando Cristo na cruz, sem sentir que pregais a vós mesmos e que tendes que tirá-lo de lá?
Por isto, longos serão os Caminhos
Nós Somos o Nosso Mestre
Arquimedes tinha já setenta anos.
Siracusa, sua pátria, havia dado ajuda a Aníbal, fornecendo a Cartago trigo siliciano.
Roma não podia perdoar essa traição.
Por isso os romanos cercaram-na e a assediaram por dez aos, até tomá-la.
Arquimedes foi convocado e fez armas para a defesa.
Os soldados romanos preferiram ver o diabo em pessoa: um dia atacavam e as catapultas de Siracusa atiravam sobre eles bolas de fogo e líquidos que desfaziam até o metal das espadas e dos escudos!
Atacavam pelo mar e as velas dos navios pegavam fogo com o jogo de espelhos e lentes que Arquimedes colocou sobre os muros!
Os anos se passavam!
Siracusa resistia!
Ou melhor:
Arquimedes ainda vivia!
Quando os muros caíram, uma ordem era dada:
apanhem Arquimedes vivo!
Queremos esse sábio connosco!
Porém, o destino tinha indizíveis mãos a trabalhar outros planos e um soldado romano trespassou o velhote mal vestido que desenhava nas areias da praia problemas de geometria, sem dar atenção às tropas, e mandando o soldado sair de cima dos rabiscos.
Esse homem havia criado ao redor de si a maior fama de sábio da antiguidade.
Seu segredo:
Havia aprendido tudo de si mesmo.
Ele havia sido seu próprio mestre.
Embora o livro de Ramacheng trate da primeira à última página só de chaves das doutrinas secretas, embora fale somente dos segredos e temas ocultos, embora não argumente, debata ou cite autoridades, temos a ousadia de afirmar que o carácter didáctico, sintético e sistemático que o caracterizam, tornam-no um estudo científico-filosófico das místicas:
Buda, Sócrates, e Cristo são superpostos e analisados com clareza meridiana, como só um espírito que teve acesso às mesmas fontes da Luz e da Verdade o poderia fazer.
O trabalho que comentamos é ao mesmo tempo coerente, simples e lógico.
Cada frase e cada palavra foram colocadas pelo autor para dizer alguma coisa.
Já vimos em diversos pontos que é tão importante o que está expresso quanto aquilo que está nas entrelinhas.
O nome Sócrates, por exemplo, bem como os de Krishna e Cristo, não são citados uma só vez, e não nos é dado esquecê-los em momento algum da leitura de Ramacheng.
Se por um lado temos referências claras a ditadores, falsos profetas, chefes religiosos, em certos pontos parecemos arranhar profundas explicações para temas aparentemente já esgotados:
Judas?
Hitler?
Kennedey?
Gandhi?
Luther King?
Galileu?
Arquimedes?
Quantos deles foram analisados nas Sete chaves e quantos leitores o perceberam?
À primeira leitura pareceu-me um livro de repetições dos temas yogas.
Depois pareceu-me de fato um estudo da mística.
Voltei a ler e compreendi alguma coisa no sentido profundo que ali está contido.
Ele nos lembra que cada chave tem sete interpretações.
Sete é o número infinito para a mística.
Ramacheng nos desafia à busca do Infinito?
Não!
Ele alcançou a Sexta Chave!
Ele atingiu a Integração ou Amor Universal e nos deu o Caminho sem querer saber se vamos seguí-lo ou não!
Para que não tivéssemos dúvidas, falou muitas vezes que só nós podemos abrir nossas Sete Chaves.
‘’Na verdade eu vos dei as mais profundas chaves de qualquer mística ou fraternidade e reconheço que isso não significa que vós, que as lestes, estejais de posse das mesmas.
Saber que existem e quais são, é fácil de alcançar, Realizá-las, não.’’
Qual é a dificuldade?
Lendo e relendo chegamos a um só ponto: é preciso experimentarmos por nós mesmos.
Esta a grande problemática de todo nosso tempo.
Nosso ‘’EU’’ , endeusado e recoberto de doirados mantos, conduz-nos à desesperada luta de satisfazer nossos egoísmos sem fim.
Qualquer argumento serve para ficarmos convencidos de que isto é o que importa: satisfazer o nosso ‘’eu’’ .
A filosofia desse estado de coisas é o ‘’cada um por si e que o diabo leve o resto.’’
Se o livro de Ramacheng não nos ensina a ganhar dinheiro, a pisar os outros, a aplicar golpes de defesa pessoal, a evitar que nossa consciência fique perturbada com os nossos erros, se não é um livro que nos faça ter sucesso pessoal e imediato, positivamente não vamos querer experimentar!
Salvar o mundo do caos?
Eu não tenho nada com isso!
Não fiz o mundo!
Não dei início aos conflitos!
Não criei as confusões.
Quando cheguei, já estava tudo assim como é!
Além disso, são três bilhões de pessoas, com centenas de governos.
Os outros que tratem disso!
Eis como o nosso ‘’eu’’ envolvido pelos condicionamentos, preconceitos, hábitos, véus, enfim.
Bem que o tibetano informa: o egoísmo é o último véu a cair. Como custa!
Como luta!
Como sabe convencer nossa mente com todos os argumentos!
Mas, que considerações são estas?
Já é a vigilância!
E se a intenção funcionar, estaremos a um passo do ‘’auto-conhecimento’’.
Penso que o maior atrativo do trabalho de Ramacheng é revelar-nos o que seja o conhecimento direto das coisas e como chegar até ele.
Penso mesmo que vale a pena penetrar no nosso mundo interior, libertar nosso ‘’Eu’’ para chegar à Intuição.
Acredito que os mais corajosos estudantes destas chaves ficarão por aí.
Ele pensa que ficaremos detidos na Sexta Chave, pois pensa nas finalidades Yogas de alcançar o Samadhi.
Quanto a mim, não tenho dúvidas de que a Quinta terá muito mais atrativos para os leitores.
Qual será o estudante que não ficará tentado pelos poderes do conhecimento directo?
Arquimedes era o sábio de Siracusa.
Hierão, o rei, encarregou-o de descobrir, sem derreter os metais, qual a parte de ouro e a parte de prata que seu ourives havia usado para a coroa encomendada.
Depois de todos os seus cálculos falharem, estava ele no banho, quando lhe ocorreu a solução.
Estão aí todos os elementos da intuição, segundo Ramacheng, incluindo seu inabalável elemento –
‘’Sem Esforço’’.
Se o processo de libertação ensinado por Ramacheng nos leva até aí, vamos experimentá-lo.
Não vou afirmar que já cheguei até esse ponto.
O que posso dizer é que foi bem fácil alcançar a vigilância, a auto-análise sem crítica e que alguns fenómenos intuitivos já presenciei comigo mesmo.
Posso assim confirmar que não há charlatanismo em Ramacheng. Seu processo funciona.
A dificuldade toda dessa experimentação reside em que temos que ser nosso próprio mestre e nosso único aprendiz.
Aprendiz de feiticeiro?
Quase isso.
Porém, melhor, muito melhor do que tudo que já encontramos sobre o mesmo assunto.
Eia, portanto, vamos reler todas as chaves e começar desde a primeira, experimentando?
Nós e só nós podemos usá-la.
Ninguém vai fazê-lo por nós.
Post. e Formatação:
Fonte: A Mensagem Eterna dos Mestres - O Grupo Cosmos-Servir- Fundação para o Desenvolvimento do Homem-Integral, Apartado nº 7 – Caneças – 2675 Odivelas.
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