29/02/2012

O Mestre e o aprendiz

Um discípulo chegou para seu mestre 
e perguntou:
 
Por que devemos ler, estudar, considerar e refletir sobre a sabedoria se nós não conseguimos memorizar tudo e, com o tempo, acabamos esquecendo? 

 
Somos obrigados, constantemente, a retomar o que já não está mais em nossas memórias.
O mestre não respondeu imediatamente ao discípulo.
Ele fitou o horizonte por alguns instantes e depois ordenou ao discípulo:
Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e o traga até aqui.

O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas mesmo assim obedeceu.
Pegou o cesto, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e começou a subir de volta.
Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava mais nada.
O mestre perguntou-lhe:
Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo olhou para o cesto vazio e disse jocosamente:
Aprendi que cesto de junco não segura água.
O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo de novo.
Quando o discípulo retornou com o cesto vazio outra vez, o mestre perguntou-lhe:
Então, meu filho, o que você aprendeu?
O discípulo respondeu, mas com um certo sarcasmo:
Que cesto furado não segura água!
O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa.
Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de tanto descer e subir as escadarias.
Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo:
Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu?
O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado:
O cesto está limpo!
Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo.
O mestre, por fim, concluiu:
Não importa que você não consiga memorizar todos os ensinamentos adquiridos ao longo de sua vida.
 No processo de se conectar diversas vezes à sabedoria a sua mente e o seu coração vão se depurando.
Inúmeros preconceitos se abrandam; a intolerância cede lugar à lucidez; a destrutividade, à criatividade; a oposição e competição gratuitas e infundadas, à cooperação.
Neste processo, o homem, trabalhando no tempo e sendo continuadamente tocado pela sabedoria, vai “limpando-se” de seus aspectos grotescos e sombrios e torna-se
 verdadeiramente humano! 





Post. e Formatação:

Autor desconhecido 
Extraido de: Despertar Já
http://despertarja.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários não relevantes com a mensagem e possuidores de links não serão publicados, assim como comentários ofensivos a quem quer que seja.

Imprimir ou Salvar em PDF

4 Mais Lidas do Blog

DOAÇÃO/MANUTENÇÃO


– DOAR – Abro este canal para doações espontâneas para este blog, sem qualquer compromisso, qualquer valor auxilia a manutenção deste espaço.
Opção de deposito: Caixa E.Federal - Ag:0505 -
Conta:013-00007103-7 L.A.P.M.B.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...