"Nenhuma crença pode manter sua
escravidão, nenhuma história pode
ser interpretada".
"Você é o que você é, filho do Um, Fonte,
você mesmo".
… Silêncio…
Escute e ouça, bem além de minhas palavras, bem além de sua pessoa, o que eu ressoo em você, o que se propaga em você.
Nesse lugar, você percebe as vaidades sucessivas de suas investigações, de vida em vida, você percebe a perfeição do Espírito, já perfeito, e que nada tem, portanto, a melhorar, a provar.
Obs: S. Estr. O fundo ficou nesta mensagem alterado para o branco, falha no formatar.
Só o jogo de sua alma, se ela ainda está presente, pode parecer fazê-lo oscilar e passar de um estado a outro, até que você viva que não há outro estado, que não há estado específico, que não há forma.
Você escapa, assim, do condicionamento da forma, mesmo em mundos livres, você escapa, assim, da avidez da experiência da consciência, e você permanece aí, tranquilo e imóvel, no sopro de verdade, no êxtase.
… Silêncio…
Aproveite do Silêncio, aproveite de sua presença e da minha e de cada um de nós.
Aproveite do instante que você se oferece para escutar-me, ouvir-me ou ler-me.
Não se segure nas palavras nem em qualquer identidade, a minha como a sua, que fazem apenas passar.
Permaneça além de tudo o que pode falecer, permaneça presente e ausente, tanto a si mesmo como ao mundo.
… Silêncio…
Nesses silêncios cada vez mais vastos, cada vez maiores, os últimos limites caem, as últimas resistências esvanecem-se.
As Trombetas do Espírito, que soam em seu Templo interior, derrubam os últimos muros, as últimas pedras que lhe pareciam fazer obstáculo à sua liberdade.
… Silêncio…
Mesmo em você, se há o Fogo do Coração, ele se torna um bálsamo que apazigua, que faz apenas queimar os fantasmas efêmeros da evolução ou da melhoria porque, aqui, tudo sempre foi perfeito e permanece assim, para sempre.
Estabelecido aqui, você de nada mais tem necessidade, você nada tem a mostrar nem a demonstrar, você nada tem a justificar, você nada tem a criticar porque, nesse espaço, que não é mais um lugar, você não pode ver qualquer diferença e você se apercebe de que tudo é perfeito, mesmo em toda imperfeição.
Tudo isso faz apenas passar e deposita-o ao que você é e no que você é.
… Silêncio…
Escute e ouça o canto do Silêncio e a evidência desse Silêncio.
… Silêncio…
Dessa maneira, é-lhe dado a viver essa Eternidade e essa Verdade, a única, que não pode, jamais, ser afetada por qualquer experiência ou qualquer forma que seja.
… Silêncio…
Suas palavras e minhas palavras, seus pensamentos que podem advir, fazem apenas mostrar-se e desaparecer, por sua vez.
… Silêncio…
Coloque-se, ainda mais profundamente, nessa Evidência.
Nada procure, nem energia, nem vibração, nem pensamento, nem visão, mesmo aquela do coração.
… Silêncio…
Deixe, simplesmente, ser o que é.
… Silêncio…
Assim, você não se nutre nem de suas palavras nem de minhas palavras, você se nutre, exclusivamente, de si mesmo, aí, onde tudo é doação, aí, onde tudo é gratidão.
Aí onde você está, aí onde eu estou nada falta, nada pode faltar e nada faltará, jamais.
É nesse espaço que você se afirma em presença nesse mundo, em presença em sua vida.
Nesse espaço não há mais qualquer pedido a formular e nada a conquistar.
A própria noção de evolução torna-se caduca e risível.
Nesse espaço, nada há a reter, há apenas que sentar-se, na presença da Evidência.
Não há Luz a procurar nem reencontro a viver.
Você compreendeu, é o momento de pôr-se a nu, em face de si mesmo e olhar-se, sem culpa, sem julgamento e sem opinião, simplesmente, olhar, com lucidez, todo esse efêmero, quer ele concirna ao seu corpo, aos seus pensamentos ou ao que você poderia nomear, ainda, seu carma, que não lhe pertence mais, mas que pertence à pessoa limitada.
… Silêncio…
Nesse espaço, a oração é espontânea.
Ela não é um esforço e, ainda menos, um pedido, ela é apenas agradecimento para a Verdade e agradecimento para a Evidência.
… Silêncio…
E aí, quando nada mais resta daquilo a que você pode identificar-se, no que você pode projetar-se, você é a Vida e você é a Verdade, e você é o Caminho, não aquele que você percorre, mas aquele que você ouve, no Silêncio de seu ser.
… Silêncio…
O que você percebe agora, ou a ausência, mesmo, de percepção, é apenas o testemunho da Evidência.
… Silêncio…
No momento em que você não está aí, nesse Centro do Centro, nesse Coração do Coração, nesse espaço sem espaço, não se esqueça de que você pode ali recorrer, sem esforço e sem dificuldade, e sem ritual ou sem técnica.
Nisso, você é a Luz, aquela o Sol que ilumina esse mundo, como o Espírito que ilumina sua alma ou sua pessoa.
Lembre-se de que para nada serve querer ter ou manter essa Evidência, ela está aí, à profusão, assim que você aceita nada segurar, nada desejar, a partir do momento em que você aceita nada ser.
… Silêncio…
Todas as frases que eu pronuncio, que eu comunico, todos os silêncios são apenas, em definitivo, o único e mesmo testemunho do que você é.
Nesse lugar não há dificuldade.
… Silêncio…
Nesse lugar há apenas o Amor.
E esse Amor é o Amor, é Tudo.
… Silêncio…
Escute e ouça o que lhe diz o Silêncio, o que lhe diz a Graça, que toca, assim, de maneira cada vez mais intensa, a Evidência do que você é, além de sua forma, além da alma e além da consciência.
Tudo se resolve.
Então, viva sua evidência, sem medida e sem desmedida, apenas isso, porque, nessa evidência, nada há a quantificar e nada a rejeitar.
… Silêncio…
Nesse lugar, mesmo seu sopro parece imóvel, mesmo seu sopro é suspenso.
Lembre-se de que qualquer elemento que reste em seu efêmero – em seu corpo efêmero ou em sua vida efêmera – tem necessidade apenas disso: da Evidência, do Amor e da Graça.
Você tem colocado o Amor à frente?
À frente, mesmo, de sua pessoa?
À frente, mesmo, de sua história?
À frente, mesmo, de seus apegos?
Então, se a resposta é sim, você está livre, inteiramente livre.
… Silêncio…
Perceba a evidência desse Silêncio e o silêncio da Evidência.
Você ali está.
… Silêncio…
Mesmo seu nome não é mais do que uma distante lembrança, um sonho.
Nessa Evidência, todo o resto, tanto nesse mundo como alhures, é apenas um sonho que faz apenas passar, ao qual você se segura, por momentos – e, como você constata, cada vez menos – porque a Graça da Luz e sua Inteligência ali o empurram; o que quer que você encontre ali para dizer ou a redizer, isso nada muda.
Você é o que você é, filho do Um, Fonte, você mesmo.
… Silêncio…
Nesse Silêncio não há densidade nem leveza.
Não há imagem, nada há a ver.
… Silêncio…
E aí, ao manter esse Silêncio além de minhas palavras, nada mais resta que não o que você é.
Então, o que você se oferece a si mesmo a viver, agora, ao ler-me, ao escutar-me, é-lhe dado a viver sozinho, é-lhe dado a viver isso na natureza, com seus habitantes, é-lhe dado a viver em face de cada irmão e irmã que apareça em uma forma aos seus olhos nesse mundo, do mesmo modo.
… Silêncio…
Tudo é, em definitivo, visto do exterior, apenas sua faculdade de confiar no que você é e não mais confiança em você ou em qualquer história que seja, nem desse mundo nem de outro mundo.
Nessa Evidência, não há necessidade de qualquer mundo nem de qualquer dimensão, de nada há necessidade.
Não há, tampouco, que fornecer esforço.
… Silêncio…
Você que se tem aí, no coração de cada um, você está em seu exato lugar.
É, aliás, o único lugar que não conhece qualquer limite, de pessoa ou de forma.
Assim, de meu coração, eu dirijo ao seu coração a mesma Verdade e o mesmo Silêncio.
… Silêncio…
Nesse espaço, todos os espaços estão presentes; nesse tempo, todos os tempos estão presentes.
Nesse tempo e nesse espaço, tudo é resolutório, tudo é bênção.
Então, de meu coração, eu abençoo seu coração.
… Silêncio…
Nessa Evidência, você se dá conta de que nada há a defender e nada a reivindicar, que há apenas a suavidade, a suavidade, mas, também, a força e a potência da Verdade.
… Silêncio…
Nesse espaço, você se dá conta de que nada há a preservar, de que nada há a querer.
Você não está mais, unicamente, nos Ateliês da Criação, mas na própria fonte da Criação.
Você é o Alfa e o Ômega, sem poder definir o que é da ordem do Alfa e o que é da ordem do Ômega, porque o Alfa e o Ômega são a mesma coisa.
Não há que se deslocar, nada há que deslocar-se.
… Silêncio…
E o Silêncio prolonga-se.
Quaisquer que sejam minhas palavras, não há nem lassidão nem interrogação.
… Silêncio…
Nesse Silêncio, você de nada depende, você por nada é limitado.
Nenhuma crença pode manter sua escravidão, nenhuma história pode ser interpretada.
É assim que você se reconhece a cada sopro, cada vez mais claramente, cada vez mais facilmente.
… Silêncio…
Assim, você experimenta a vacuidade.
Quer você tenha desaparecido ou esteja presente, nada muda, você se nutre, você se regenera, você se vivifica.
Nesse Silêncio, eu volto a abençoar sua Presença e sua Ausência.
Ação de Graça perpétua, contentamento infinito e sem fim.
… Silêncio…
Você, Filho Ardente do Sol, batizado no Espírito de Verdade, você, aquele que ressuscitou, acompanhe-me nesse contentamento e em sua Evidência.
Não fique para trás, não tenha qualquer resistência.
Você é a Alegria.
… Silêncio…
Deixe o perfume de sua essência explodir aos olhos do mundo porque, nessa Evidência, nenhum olhar e nenhuma palavra pode alterá-lo.
Permaneça em sua verdadeira morada e, aí, por sua vez, ame.
Ame e abençoe todos aqueles que você conhece e, também, todos aqueles que você não conhece.
Quer eles sejam amigos, quer eles sejam inimigos, de qualquer idade que eles sejam, de qualquer natureza que seja sua relação ou sua ausência de relação, não faça diferença.
Aliás, você não pode fazê-la, se você se tem, realmente, aí, porque você nada tem a decidir.
As bênçãos emanam de você sem que você o deseje ou sem que você pense nisso.
Do mesmo modo que o Sol nutre cada um da mesma maneira, do mesmo modo, conceda sua Luz a tudo o que você encontra; quer sejam situações, quer seja um amigo, quer seja um inimigo, tudo isso não existe.
Você não depende de qualquer condição nem de qualquer limite para ser o que você é.
… Silêncio…
E aí, agora, enquanto minhas palavras espaçam-se e apagam-se, elas permanecem vivas em você, porque são palavras de vida, palavras de abundância, elas são o Juramento e a Promessa, elas são o Coro dos Anjos como as Trombetas que ecoam em seu céu e em você.
… Silêncio…
No Silêncio que está aí, nós depositamos, juntos, tudo o que pode parecer-lhe e parecer-me ser, ainda, distância, porque toda distância é ilusória.
Permaneça na Liberdade do ser, permaneça na Liberdade daquele que nada é.
… Silêncio…
Você, que é o amigo e o amado de toda vida, você, que é toda vida, em qualquer forma e em qualquer dimensão que seja.
… Silêncio…
Nesse Silêncio, a Evidência está aí.
Nesse Silêncio, o Amor está por toda a parte.
… Silêncio…
Nesse Silêncio, vive-se, intensamente, a Nova Eucaristia.
… Silêncio…
Em cada coração, onde quer que esteja sobre a Terra, quer ele esteja em seu peito ou no peito do velho que se apaga ou da criança que respira pela primeira vez, não há diferença.
É isso o que lhe prova o Silêncio, é isso o que lhe prova a oração do coração, que não tem objeto, nem sujeito, nem intenção, nem desejo.
… Silêncio…
É claro, em outro momento, haverá palavras, haverá questões.
Mas essas palavras e essas questões apoiar-se-ão, antes de tudo, na intensidade do Silêncio, para dali perceber a resposta que não se apoia nas palavras, mas que se apoia apenas na Evidência.
… Silêncio…
Eu o abençoo, ainda e sempre, porque o que posso eu fazer mais do que abençoar sua Presença, como abençoar sua Ausência?
Nada há de mais primordial porque, nessa oração e nessa bênção não há o menor espaço para o caminho da dúvida ou do sofrimento.
Meu amigo, meu amado, o que dizer-lhe de mais ou de menos?
O que retirar de minhas palavras ou o que acrescentar às minhas palavras?
Minhas palavras são, em definitivo, apenas o que ritma sua Presença e sua Ausência.
Elas não têm vocação para nutri-lo ou para questioná-lo, mas, simplesmente, pô-lo em ressonância com sua Evidência.
… Silêncio…
E aí, o que você pensa ter, ainda, a resolver?
O que você pensa ter, ainda, a elucidar?
A compreender ou a viver?
Você é, você mesmo, a resposta; o que quer que diga sua pessoa, o que quer que lhe diga seu sofrimento ou sua alegria, ele fará, de qualquer modo, apenas passar.
Não se esqueça de que você nada pode tornar perfeito, porque tudo já é perfeito no que você é.
… Silêncio…
Então, eu deposito, em você, todas as graças necessárias, todas as alegrias e todas as evidências.
Então, eu deposito, em você, o que você é, o que você sempre foi e o que você será, sempre, que não depende de uma pessoa, nem da sua, nem de uma circunstância, nem de um tempo, nem de um espaço, nem de uma cronologia, nem do dia, nem da noite.
… Silêncio…
Eu o deixo, agora, na presença da Evidência, na presença de si mesmo, antes de voltar porque, em definitivo, eu jamais parto, assim como você não parte, jamais.
Você faz apenas abrir os olhos à realidade de sua consciência nesse mundo, como em todo mundo, mas essa Evidência não poderá mais, jamais, desaparecer, nem, mesmo, dar-lhe a impressão de afastar-se.
… Silêncio…
Dê-me sua bênção.
… Silêncio…
Partilhemos a Evidência, partilhemos o Silêncio, partilhemos a doação da Vida e a doação da Graça.
… Silêncio…
Permaneça na Evidência.
Você, Filho Ardente do Sol, filho da lei de Um, Fonte, você mesmo, em todo universo e em todo multiverso, em qualquer dimensão que seja, porque tudo isso é apenas especificidade.
Você é bem mais do que o conjunto dessas especificidades, e você é bem menos do que o que você acredita ser na pessoa, quando ela se exprime ou manifesta-se.
Você é pó, e você é Luz, tudo depende apenas de você.
Eu o amo.
Permita-me depositar sobre os seus ombros o Manto da compaixão e da humildade.
Volte a você, em seu mundo exterior, mas permaneça na Evidência de seu coração.
Eu me calo alguns instantes agora, e comunguemos juntos.
… Silêncio…
Post. e Formatação
Tradução e Divulgação
Célia G.
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