24/04/2016

O.M. AÏVANHOV - Crônicas da Ascensão - (Parte II)

Cadernos de abril de 2016

(...)A Luz é Una e inteira, e indivisível, e é
 o que você é(...),

O.M. AÏVANHOV 
Preâmbulo

Crônicas dos Melquisedeques 
-O Masculino Sagrado -

Porque vocês sabem, o que tem medo de morrer é o ego, o que tem medo de morrer é o efêmero, porque ele não conhece a Eternidade.

Ora, a Eternidade é onipresente agora.

(Continuação: parte II)

Então, é claro, se você não o vê, se você não o vive, se você está em um período mais sombrio, eu diria, diga-se que é, simplesmente, a iluminação ainda mais violenta da Luz.

Eu havia dito, à época: o que foi colocado sob o tapete.

Depois, não havia mais tapete, em seguida, não houve mais cadeira(obs. S.Estr. quando disse que não podíamos mais sentar 2 cadeiras, com uma nádega em cada cadeira) e, agora, vocês constatam que não há mais pessoa, mesmo se os conflitos de pessoas tomem, por vezes, uma acuidade desmesurada para coisas que valem a pena, diríamos, no sentido da pessoa, ou coisas que não valem a pena.

A Luz não faz diferença, porque a Luz é Una e inteira, e indivisível, e é o que você é, mesmo que lhe pareça, ainda, estar dividido, consigo mesmo, com o outro, com as situações, com os eventos do mundo.

Dê-se conta de que tudo isso é feito para permitir à Luz, no masculino sagrado, emanar de você, sem qualquer esforço, sem qualquer vontade, sem outro estado que não o de ser livre da pessoa, ou seja, de estar no Coração do Coração.

O que quer dizer que o Coração do Coração, que você vive, certamente, por experiências, sozinho, aqui ou alhures, em momentos de alinhamento, em momentos que você escolhe ou que não escolhe, é chamado, verdadeiramente, a dissolver, cada vez mais, o que pode, ainda, fazer sombra.

Não se ocupe da sombra.

Não se ocupe de sua pessoa.

Cresça, cada vez mais, na Luz, não pela vontade, mas, justamente, pelo desaparecimento da pessoa, e viva o que você tem a viver.

Se isso deve fazer-se pela Inteligência da Luz, tudo será ainda mais iminente, imediato e facilitado e, se é contrário à Luz, é muito simples: isso se tornará cada vez mais difícil.

Quer seja para seu corpo, qualquer que seja sua idade, para as coisas, para as situações ou para todas as relações, como para todos os sistemas da sociedade.

Você vê isso, todos os dias.

Então, o que fazer?

É claro, você tem necessidade, sempre, de fazer coisas.

Enquanto se está vivo nesse mundo, não se pode permanecer como, por exemplo, Ma Ananda Moyi, durante três anos, quatro anos assim, sem se mover.

Mesmo se você pudesse fazê-lo e tivesse a capacidade, não pela vontade, porque não é uma questão de vontade, eu não penso que a Luz chame-o para isso.

Ela o chama para permanecer tranquilo na pessoa, para deixar entrar, inteiramente, em manifestação visível e perceptível, o Espírito de Verdade, o Espírito do Sol, o Espírito de Cristo.
É isso que está se jogando agora, mesmo se você não o veja.

E, sobretudo, não se queixe.

Se lhe acontece de ter um humor deplorável, se lhe acontece de viver, neste período, um conflito, quer seja um divórcio, quer seja uma contrariedade ou um grande evento, atravesse isso.

Vá além de tudo o que pode parecer-lhe inteligível, para que a Inteligência da Luz entre em ação, independentemente de sua intenção e de sua atenção.

É a melhor prova que você pode fornecer, a si mesmo, da Inteligência da Luz, de sua Liberdade e de sua Ascensão.

Então, é claro, isso necessita de estar plenamente presente.

Eu sei que, entre vocês, há os que recomeçam a viver coisas na natureza ou conosco que são muito, não desestabilizadoras, mas invasivas, que não deixam mais lugar para esse mundo.

Por exemplo, você tem uma visão, você se comunica com um silfo, um dragão, um duende, um gnomo, o que você quiser, ou com um irmão ou uma irmã e, de repente, o mundo desapareceu.

Você vê que seus sentidos, a visão, o tato, o olfato, a audição, todos os sentidos e toda a própria consciência encontram-se como mergulhados, de algum modo, na Luz.

E, na Luz, os sentidos para nada mais servem.

E isso pode incomodá-lo, efetivamente, nas coisas quotidianas, mas você vai habituar-se, se já não foi feito, muito, muito rapidamente a isso e a ver a ação de Graça e o estado de Graça em ação nesse mundo, não mais, unicamente, para você ou para os irmãos e as irmãs que estão conectados ao coração, ou ao Espírito, mas, realmente, em todas as circunstâncias de suas vidas e, sobretudo, eu diria, em tudo o que pode parecer-lhe, ainda – à primeira vista, aquela da pessoa como ilusório ou como falsificado, tudo isso tem uma razão de ser.

Se você confia na Luz – e é, aliás, um problema de confiança, inteiramente confiança na Luz – então, a Luz entrará em ação por si mesma, em todas as situações de suas vidas.

Você pôde experimentar isso, alguns de vocês, no processo da autocura.

E, depois, você constatou, também, que, por vezes, havia uma amplitude da perturbação ou do traumatismo que era vivido, que se fazia mais intenso; isso era possível também.

É preciso atravessar isso, também.

Vá além disso e deixe, realmente, a Inteligência da Luz manifestar-se, e a Graça abundará em sua vida e mais você estará em paz, ou seja, a paz não pode depender e não dependerá mais, absolutamente, de qualquer circunstância exterior.

Até agora havia, de qualquer forma, certa lógica, se posso dizer, nesse mundo.

Você meditava, você fazia sessões de cristais, sessões com os seres da natureza.

Você recuperava nisso certa forma de bem estar e, depois, se você tivesse outras ocupações, pouco a pouco, você constatava que isso desaparecia, essa alegria, essa serenidade, ela se atenuava, porque você era tomado pelas problemáticas desse mundo.

Mas a Luz tem chamado tanto vocês que, para muitos, isso vai tornar-se muito simples; mesmo se, hoje, isso lhes pareça, talvez, mais complicado, é uma ilusão.

É, ao contrário, cada vez mais simples, porque não há mais camadas isolantes, porque a sobreposição já foi – eu o havia dito há algum tempo – total, entre o efêmero e o Eterno.

Mas vocês assistem, agora, ao desaparecimento total do efêmero.

Então, vocês não são obrigados a ir para a cama quando isso se produz.

Há, ainda, os que são chamados a deitar-se, há, ainda, os que são tomados inesperadamente, se posso dizer, sem tê-lo pedido.

Hoje, não é mais questão disso.

Hoje, é questão de fazer o que a vida leva-o ou que você tenha decidido, mesmo na pessoa.

Você diz, por exemplo: «Bem, hoje eu quero ir ver tal pessoa», e tudo se organiza na facilidade, na fluidez.

Você reencontra tal pessoa e acontece um evento traumatizante, pouco importa a razão, então, você não vai compreender.

Você vai dizer-se: «Tudo se fez segundo a fluidez da Unidade, a Inteligência da Luz, e o resultado não é a Luz.».

Mas isso não é verdade.

Talvez, a Luz tenha feito isso para que se produza esse evento.

Não julgue o evento em si, nem em bem nem em mal.

Mude de paradigma agora, mesmo nos fatos os mais insignificantes.

Porque a Luz pede apenas isso.

E, como eu disse, ela não tem, mesmo, mais necessidade de colocá-lo no Coração do Coração, ela não tem mais necessidade de sua respiração, mesmo se sejam técnicas que possam ajudá-lo, ela não tem mais necessidade de jejuns nem de cristais, mas você pode beneficiar-se disso para, justamente, deixar emergir esse Infinito que está aí e que dá esse lado, por vezes, desconcertantemas, também, mágico – do que você vive.

Então, isso pode ser um pouco como há dois, três anos, quando eu falei daqueles que faziam tournicoti-tournicota, vocês sabem, aqueles que iam para o Si, que voltavam à pessoa.

Aí, não é mais isso, é a Luz na Terra, o que quer que você veja, o que quer que você sinta ou não.

Portanto, reconhecer isso não é dizer: «Ah sim, eu não vejo a Luz», «Ah sim, mas é negativo», é atravessar essa ambivalência da dualidade, não esperando algo, mas, simplesmente, deixando desenrolarem-se as coisas.

E isso é válido para não importa o quê.

Se você deixa a Inteligência da Luz agir, sem querer, você, agir, ela agirá por si mesma, ela não lhe pedirá sua permissão, porque você é isso e você nada mais é do que isso.

Então, é isso que se manifesta e que nós chamamos o feminino sagrado nessa retidão, é a afirmação não da pessoa, mas a afirmação da Luz e do Amor, mesmo em seus sofrimentos, mesmo em seus desequilíbrios, como mesmo em sua paz a mais feliz, se posso dizer.

Tudo isso a Vida vai encarregar-se de colocar-lhe sob os olhos, de colocar-lhe na consciência, no que é vivido.

Mas, para isso, é preciso respeitar, se você quiser, esses princípios de estar no instante presente, na totalidade.

O instante presente não conhece o instante seguinte, ele não conhece, tampouco, o passado ou sua história.

O instante presente é liberado de qualquer pessoa, de qualquer avidez, quer ela seja de palavras, de posses, de relações ou de não importa o quê.

É nessa evidência que se encontra a espontaneidade da Luz que, eu o repito doravante, não depende mais, absolutamente, de você, nem da Terra, nem de nós.

É a conclusão, se posso dizer, do Face a Face.

Você está a sós, porque nada mais há do que você.

Então, é claro, você vai retorquir-me que vocês são, de qualquer forma, muitos na Terra.

Eu não falo daqueles que estão adormecidos, eu não falo dos portais orgânicos, eu não falo dos maus rapazes.

Mas nós temos dito e prevenido, há muito tempo, que o mundo estava em você.

E, aliás, hoje, nossos irmãos orientais e nossas irmãs orientais falam de «maya», mas, hoje, seus físicos sabem, pertinentemente, que esse mundo, o qual você tem, ainda, como certo, é apenas uma simulação informática.

É como se lhe dessem, não sei, um jogo de vídeo com o joystick para jogar, e você estivesse tão identificado ao personagem que você não vê, mesmo, que é você que comanda o joystick.

Mas não no personagem, a partir do Espírito, não é?

E é a revelação do Espírito que magnifica, se posso dizer, o masculino sagrado, em acordo com o feminino sagrado.

Portanto, o masculino sagrado, não é seu masculino, sua masculinidade que seria transcendida pelo feminino sagrado, como foi, aliás, o caso, mas é a emergência desse lado ação da Luz, mesmo nesse mundo, para retificar, se posso dizer, não, unicamente, o eixo da Terra o que é iminente –, mas, também, o que podia restar, em vocês, de ilusões concernentes a esse mundo e concernentes ao seu projeto de vida nesse mundo.

Você descobre, aliás, que não há mais qualquer projeto.

Você se reencontra, alguns dias, com uma forma de paz interior que se basta a ela mesma, mesmo se não dure.

Ou você se diz, talvez, com a pessoa: «Para quê?»

E, portanto, isso pode provocar uma morosidade, questionamentos, isso pode provocar interrogações.

Mas na paz real e profunda, e total, na fusão do masculino sagrado e do feminino sagrado, na especificidade da Tri-Unidade Arcangélica, como foi explicado, ou das Estrelas, é exatamente a mesma coisa.

Simplesmente, sua pessoa, que está, ainda, um pouco presente nessa Terra, qualquer que seja sua idade, não está nos comandos, e isso você não pode obter de outro modo do que soltando tudo.

Não é mais o Abandono à Luz, não é mais a Fluidez da Unidade, não são mais, unicamente, as vibrações, não são mais, unicamente, os contatos amorosos com a natureza ou com os anjos, ou entre vocês, do Amor autêntico eu falo, é a manifestação espontânea e natural do Amor que você é.

Então, ao invés de queixar-se, ao invés de procurar explicações ao que pode produzir-se, viva, plenamente, o que se produz.

Procurar o Reino dos Céusque não está fora de você, mas que está dentro de você – é deixá-lo entrar em manifestação, aqui mesmo, nesse mundo.

Portanto, não é mais questão, unicamente, de viver comunhões, fusões, mesmo com dragões, com um irmão ou uma irmã ou com a própria Fonte, é questão de que tudo isso se realize em todas as parcelas de sua vida, para que você volte a tornar-se, se já não é o caso, o que eu chamaria, como Cristo havia dito, puro e sem mancha, ou seja, lave suas vestes no sangue do cordeiro, no sacrifício do efêmero para a Eternidade.

Mas é a Luz que o faz, não é você.

Se você decide, por exemplo, tal coisa, pensando aproximar-se da Luz, você fará apenas afastar-se dela.

É a evidência da Luz que se revela a você.

Não é você que revela a Luz agora, porque não é mais uma penetração da Luz, quer seja pela Onda de Vida, quer seja pelo Espírito Santo, pelo Canal Mariano, por nossas Presenças, é seu coração que realiza isso.

E, aliás, alguns de vocês experimentam sensações não habituais ou, mesmo, inquietantes, ao nível do peito, quer seja o coração que acelera, quer seja o coração que lhes dá lufadas, como se fosse demasiado pequeno ali dentro ou, ainda, que se aperta.

Mas isso participa, sempre, da mesma coisa, ou seja, evidência, a manifestação tangível, como eu disse, do masculino sagrado, que nada tem a ver com o masculino patriarcal Arcôntico, é claro.

Porque o masculino sagrado é a manifestação final do feminino sagrado em gestação – é o parto.

É o que eu sempre disse, e isso se desenrola agora.

Mas isso se desenrola não, unicamente, para alguns de vocês que foram, por exemplo, liberados, já há alguns anos, ou que se liberam agora, que são os Liberados Vivos, mas isso se desenrola para todo mundo.

E mesmo em relação, eu diria, a alguém com quem você está em conflito ou, mesmo, uma situação desesperada.

Mas olhe, se você é uma pessoa, o que é que você vai fazer?

Você vai, por exemplo, querer curar, você vai querer, por exemplo, que a Luz transforme uma determinada situação em algo que lhe pareceria mais luminoso.

Mas o masculino sagrado, e o que emana do que você é, nada tem a ver com seus desejos.

Porque o único objetivo da Luz é restituí-lo à sua eternidade, à sua liberdade que você é, não é manter uma pessoa e ser, sobretudo, dependente dessa pessoa e dessa fisiologia.

Isso acontece aqui, na Terra, isso não quer dizer que seja preciso fugir do corpo, deixar o corpo, ou fugir das relações, ou fugir dos eventos, quaisquer que sejam, isso quer dizer estar plenamente presente.

Aqui presente, no instante presente.

Na presença do Coração do Coração, em nossas Presenças, se elas estão aí, mas elas estão em vocês e, sobretudo, a cada minuto de sua vida, deixe falar o coração.

Mas você não pode deixar falar o coração através da emanação do masculino sagrado enquanto está ocupado em sua pessoa, a querer fazer isso ou aquilo.

E é, justamente, como você o constata, também, certamente, que é nos momentos em que o mundo tenha desaparecido, mesmo se você estivesse fazendo alguma coisa desse mundo, e esse mundo tenha desaparecido, isso se torna difuso, em todos os sentidos do termo, que se encontra a paz.

Mas não procure nem o efêmero nem a Eternidade, porque nada mais há a procurar.

Está aí agora.






Post. e Formatação.



Tradução e Divulgação.
Céia G. 

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