Ensinamentos Março 2015
"É colocar o outro à frente, mas na condição de não esquecer-se de si mesmo ao nível de sua Eternidade, mas, efetivamente, esquecer-se ao nível de sua história, sem nada rejeitar, sem nada recusar".
3 – O. M. AÏVANHOV
Questão: na terapia, criar ferramentas de Luz e imateriais é apropriar-se da Luz?
Não, é, simplesmente, uma projeção da consciência e, portanto, uma manifestação.
Alguns de vocês são, desde sempre, ou nesse momento, porque é sua resolução desse ciclo, são terapeutas ou estão em uma relação de ajuda.
Mas você pode empregar o que quiser: uma hóstia, uma vela, uma criação de Luz, uma mão, palavras.
Isso não deve ser julgado, nem para ser melhor do que outra coisa, simplesmente, isso lhe mostra que, em sua presença aqui, nesta Terra, você está nesses mecanismos que se chama, como se quer, de criação de Luz, mas que é, entretanto, projeção, não ilusória, mas uma projeção real.
E todo mecanismo de projeção real pode ajudá-lo a ser canal de Luz, em alguns casos, também, a desaparecer da pessoa e a ser o que você é, realmente, mas o objetivo está aí.
É colocar o outro à frente, mas na condição de não esquecer-se de si mesmo ao nível de sua Eternidade, mas, efetivamente, esquecer-se ao nível de sua história, sem nada rejeitar, sem nada recusar.
Aí está o que eu posso dizer.
Questão: por que uma tripla realidade: Cristo - Miguel – o Espírito do Sol?
Por que tripla, unicamente, faltam alguns aí.
Repita...
Por que uma tripla realidade, Cristo – Miguel – o Espírito do Sol?
Por uma razão que é muito simples: a Criação parte do zero ou do Absoluto, se quer, o que está além da Luz na qual se apoia toda Criação.
Então, Parabrahman, Ain-Soph-Aur, Absoluto, tudo o que você quiser, os termos, é uma coisa, mas enquanto isso não é vivido, para nada serve imaginá-lo ou projetá-lo, certo?
Há um primeiro ponto, há, em seguida, a Fonte, que se cria por si mesma, no espelho.
A primeira polaridade, não bem/mal, mas imagem no espelho, a alternância Yin-Yang, obscuridade/Luz, certo?
E isso dá um fruto que é o terceiro termo.
Portanto, há uma trindade, como há uma nova Eucaristia que é encarnada por três pontos precisos de seu peito e três funções espirituais: é o três em um, que é o operador, ao mesmo tempo, da Criação, mas, também, o agente da transformação de uma dimensão em outra.
Papel que é atribuído não aos Administradores como os dragões, mas, bem mais, às formas arquetípicas da civilização dita dos Triângulos ou, se prefere, os Querubins, os Hayot-Ha-Kodesh, os quatro Vivos, as quatro chamas, chame como quiser, mas isso descreve a mesma realidade, de acordo com o ponto de vista ou o ângulo de visão, se prefere.
Então, a questão era o quê?
Por que uma tripla realidade?
Porque tudo está na base dessa Tri-Unidade, não é uma tripla realidade, pode ser um quádruplo, mas há uma vibração sem forma que é oriunda, e eu sei que é, talvez, difícil, é, certamente, muito difícil a compreender, mas, também, especial a viver.
Antes, mesmo, do «Eu Sou», na fonte da consciência encontra-se o Parabrahman, o Absoluto, aí, onde não existe qualquer dualidade e qualquer manifestação de consciência, qualquer que seja.
O primeiro jogo da consciência, a primeira criação é ligada ao que foi nomeado: «No princípio era o Verbo», é o Verbo Criador, concorda?
Além do Verbo há a Tri-Unidade, que é a primeira forma a aparecer, certo?
E essa primeira forma a aparecer, que será um dos suportes da Vida, que vai permitir a organização do quadro da vida, através do «três vezes quatro igual a doze», que corresponde a essa alquimia, se quer, a mais... – vamos empregar uma palavra que não é completamente exata, mas, eu diria, de qualquer forma, em relação ao ponto de vista humano, extremamente esotérico ou, mesmo, totalmente incompreensível – que é o que se chama não mais a vibração original, não mais o Som original do Universo e da Criação, mas o Número.
Porque o Número é inscrito e decorre, diretamente, da primeira sequência de números, de zero a nove.
Isso não é, unicamente, uma cifra, não é, unicamente, um número, mas é, também, algo que é – toda proporção mantida – que é, eu diria, «Supra-Verbal».
Do mesmo modo que há o mental e o Supramental, há o Verbo e o Supra-Verbal, um pouco e um super, se quiser, calculador que não tem forma nem tempo nem espaço, mas que é o arquétipo do Número, que não se pronuncia, que não se vê.
Porque não há antropomorfismo, não há, mesmo, Triângulos e há, apenas, a sucessão de zero a nove com, a cada vez, o que nós nomeamos, na Terra, o simbólico dos números com as funções, por exemplo, na numerologia, do que quer dizer dois, do que quer dizer um.
Não é por acaso que há uma lei de Um, não há a lei de Zero.
Há a lei de dois – mas isso é o confinamento – ligada à falsificação, aos filhos de Bélial, aos Arcanjos caídos naquele momento da história.
E, depois, além de tudo isso há a tranquilidade infinita, na qual nenhuma criação pode e não quer ser experimentada, você está, enfim, de volta ao que você é, ou seja, a totalidade dos potenciais, dos criados, dos incriados, de tudo o que pode aparecer conforme uma sucessão linear de tempo ou multidimensional pseudo temporal, chama-se, porque o tempo não existe mais, mas, simplesmente, como o espaço está curvado, o ponto futuro junta-se ao ponto passado e o ponto presente, porque a folha está dobrada, pode-se dizer, é uma expressão física.
Em uma folha que está aberta, o ponto inferior da folha e o ponto superior são muito longos, mais eu lhe prometo que é o mesmo ponto: basta dobrar a folha em dois para que os dois pontos toquem-se.
É similar nas outras dimensões, e o que permite isso não é uma forma nem o Verbo, mas o que é anterior às formas e ao Verbo, e que, no entanto, não pode ser conhecido, porque é invisível.
Não se pode, mesmo, nomear isso de Parabrahman, porque isso constitui o Parabrahman bem mais do que dizer Zero, Um, Dois, Três, Quatro, Cinco, Seis, Sete, Oito, Nove.
Mas, aí, isso nos leva demasiado longe para o que a consciência pode apreender.
Mesmo a consciência totalmente liberada não pode apreender isso, mesmo ao nível dos Senhores do Carma, nomeados Lipika Karmiques, e mesmo ao nível dos Hayot Ha Kodesh.
Isso apenas pode ser manifestado na Essência.
O Triângulo, o Quaternário, o Cinco, que comandam o movimento etc. etc., até chegar ao Nove, que retoma tudo.
Então, se quiser, isso não é um qualificativo, não é uma forma, não é, unicamente, uma vibração, é, ao mesmo tempo, bem mais do que isso, mas aí, verdadeiramente, há um mistério que não deve ser descoberto nem procurado, porque toda manifestação, em definitivo, em toda criação, mesmo aqui embaixo, é a expressão da materialização dos Números e do Verbo.
Questão: por que cento e trinta e dois dias após a estase?
Post. e Formatação
Semeador de Estrelas
http://semeadorestrelas.blogspot.com
Tradução e Divulgação
Célia G.
Leituras Para os Filhos da Luz