Meditação é um estado de não-mente.
16 Maio 2013
Meditação é um estado de consciência pura sem conteúdo.
Normalmente, sua consciência está repleta de lixo, como um espelho coberto de poeira.
Há um tráfego constante na mente: pensamentos estão se movendo, desejos, memórias, ambições estão se movendo — é um tráfego contínuo!
Dia após dia!
Mesmo quando você está dormindo, a mente está funcionando, sonhando; continua pensando, continua com suas preocupações e ansiedades.
Ela está se preparando para o dia seguinte; no fundo, uma preparação já está acontecendo.
Esse é o estado não-meditativo.
A meditação é exatamente o oposto.
Quando o tráfego cessa e não há mais pensamentos movendo-se e desejos agitando-o, você está totalmente silencioso — este silêncio é meditação.
E só nesse silêncio que a verdade é conhecida, nunca de outro modo.
Meditação é um estado de não-mente.
Você não pode encontrar a meditação através da mente, pois a mente perpetua a si mesma.
Você só pode encontrar a meditação colocando a mente de lado, sendo calmo, indiferente, desidentificando-se dela; vendo seu movimento, mas sem se identificar, sem pensar que você é a mente.
Meditar é ter consciência de que você não é a mente.
Quando esta consciência vai mais e mais a fundo em você, bem lentamente alguns momentos chegam — momentos de silêncio, momentos de total pureza, momentos de transparência nos quais nada o agita e tudo está sereno.
Nesses momentos de tranquilidade você sabe quem você é, e conhece o mistério desta existência.
E chega um dia, um dia abençoado, no qual a meditação se torna seu estado natural.
A mente não é natural; ela nunca se torna natural.
E a meditação é um estado natural que foi perdido.
É um paraíso perdido, mas o paraíso pode ser recuperado.
Olhe para os olhos de uma criança, olhe e verá um profundo silêncio, uma inocência.
Toda criança vem com um estado meditativo, mas ela tem que ser iniciada nos caminhos da sociedade — tem que aprender como pensar, como calcular, como raciocinar, como argumentar; tem que aprender palavras, linguagens, conceitos.
E, pouco a pouco, ela perde o contato com sua própria inocência.
Torna-se contaminada, poluída pela sociedade; torna-se um mecanismo eficiente e deixa de ser humana.
Recuperar esse estado novamente é tudo o que é preciso.
Você já o conheceu antes, por isso, quando entrar pela primeira vez na meditação, ficará surpreso — um sentimento muito forte de que você já conheceu esse estado antes surgirá em você.
E essa sensação é verdadeira: você já o conheceu antes; apenas se esqueceu.
O diamante se perdeu num monte de lixo.
Mas se você puder tirar esse lixo de cima, descobrirá o diamante novamente — ele é seu.
Na verdade, ele não pode ser perdido; apenas esquecido.
Nós nascemos como meditadores, depois aprendemos os caminhos da mente.
Mas nossa natureza real permanece escondida em algum lugar, bem no fundo, como uma subcorrente.
Qualquer dia, cavando um pouquinho, você descobrirá que a fonte, a fonte de águas puras, ainda está fluindo.
E a maior felicidade na vida é descobrir isso.
Osho
Post. e Formatação
http://semeadorestrelas.blogspot.com/
Fonte: Blog Palavras de Osho
"O Livro Orange"
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