22/03/2015

Gemma Galgani. Questão 8:

Ensinamentos de Fevereiro de 2015


"Se você quer transcender e superar a causalidade temporal, espacial e 
cármica, adote o ponto de vista 
da criança".

Gemma Galgani.

Publicações de
fevereiro de 2015
(Preparação
Inicio)


QUESTÃO 8: eu vivi várias «intervenções cirúrgicas» no topo da cabeça, em forma de cruz, atrás da cabeça ou no lado esquerdo. A que isso corresponde?

Bem amada, o caminho da vida é um caminho com mais ou menos espinhos, mais ou menos sofrimentos e mais ou menos felicidades e alegrias.

Eu a convido, no que concerne às suas operações, a superar a noção de explicação e a noção de sentido, ou seja, superar a noção de causalidade e colocar o Amor, que apaga e faz desaparecer todas as causalidades.

De fato, em face do que faz irrupção em seu corpo, falível e efêmero, obviamente, é a tradução de uma causalidade.

A própria vida, falsificada e confinante, é uma causalidade alterada. 

Da qual não existe qualquer possibilidade de saída.

Assim, eu a convido a superar a noção de sentido e de explicações que fará apenas remetê-la, permanentemente, à noção de dualidade.

Acolher a Graça é dotar-se, também, da possibilidade de acolher o sofrimento, acolher, para além de todo sentido e para além de todo significado, a realidade do Amor.

Não é mais tempo, hoje, nesses tempos tão reduzidos, de colocar-se a questão do sentido de tal manifestação, de tal evento ou de tal problema, como de qualquer alegria.

Recolocar tudo no Amor é, como eu o disse, voltar a tornar-se como uma criança, é apresentar a inocência e a candura, não daquela que quer esquecer, apagar, mas a inocência da criança totalmente disponível ao seu presente, totalmente disponível ao instante e totalmente disponível à verdade do Amor.

A verdade do Amor não se importa com causas, porque ela é a essência da manifestação e a essência de sua Presença.

Assim, portanto, se você a aceita, vá além do sentido, além da causalidade, vá além do que concerne à pessoa e entre na Eternidade para não renegar o que quer que seja ao nível da causalidade, mas, bem mais, colocar-se, por si mesma e em consciência, além de toda dualidade.

«Amem-se uns aos outros», isso eu o disse; ame-se como você é amado pela Fonte, ame-se como você é amado pelo Pai, e não dê atenção às desordens, não se desvie delas, mas atravesse-as.

Chame seu Espírito para não mais colocar-se a questão do sentido, a questão da explicação, mas entre mais, não na indiferença, mas no que eu qualificaria de divina indiferença, não como uma distância que se toma, mas, bem mais, uma indiferença para o que apenas concerne ao efêmero.

Sair da pessoa e sair dos limites é, também, a esse preço.

Esse corpo, como qualquer corpo presente na superfície desse mundo, passa por diferentes fases que terminarão, todas, inevitavelmente, pelo desaparecimento da pessoa e o desaparecimento do que dura apenas um tempo.

Se você quer transcender e superar a causalidade temporal, espacial e cármica, adote o ponto de vista da criança.

Aquele que vive e cujo mental não está procurando uma causalidade ou um sentido, nem mesmo procurando superar o que se apresenta, mas, bem mais, transcender o que se apresenta para estar, você mesma, na plena Presença e na integralidade do que você é.

De qualquer forma, sua Eternidade vem recobrir e dissolver seu efêmero.

Para além do sentido de uma cicatriz, para além do sentido de uma doença, para além, mesmo, do sentido da alegria, encontra-se o que é sem sentido e sem razão, porque isso está presente ao mesmo tempo, em todo ser, em todas as coisas e em toda situação.

É, portanto, convidada, como cada um de vocês, nesses tempos tão reduzidos e intensos, a permanecer na tranquilidade, na Paz e a ver, de maneira mais ampla, que transcende toda noção de limite, como toda noção de vida pessoal, para entrar, diretamente, e de coração, na Eternidade da Graça e não permanecer na manifestação da Graça que sobrevém apenas quando a consciência a ela se interessa ou a ela submete-se.

Mas fazer da Graça a manifestação evidente, sem esforço e permanente do que você é.

Para isso, entregue seu sofrimento nas mãos da Fonte, nas mãos do Pai, entregue o que você é de eterna à Eternidade, e deixe o que é efêmero ao efêmero, deixe os mortos enterrarem os mortos e siga-me.

Isso significa, também, permanecer imóvel em seu peito e não mais ser afetada, sem desvio nem artifício, por qualquer circunstância que venha imprimir-se na consciência efêmera.

É claro, cada problema tem um sentido e um simbolismo, cada problema tem uma explicação, mas não perca, jamais, de vista que a primeira das explicações é, em definitivo, apenas a resultante do confinamento do que foi nomeada, em seu tempo, a Queda.

Depois da queda, é preciso subir, porque a Eternidade não conhece nem queda nem subida, mas instalar-se na permanência e na imanência do que é verdadeiro, e a única coisa que é verdadeira é a verdade do Amor e a permanência da Graça.

Não lhe é mais solicitado viver a experiência da Graça, mas tornar-se, você mesma, o instrumento da Graça e, para isso, o que pertence ao limitado não deve mais estar nem à frente nem ao redor, mas apagar-se diante da majestade de Quem você é, na majestade do Amor.

No silêncio do instante, no silêncio de minhas palavras como de suas palavras, antes de escutar sua próxima interrogação, permitam-me abençoar a Eternidade de seu coração.

…Silêncio…

Continuemos.

Proxima: Mãe Maria



Post. e Formatação

Tradução e Divulgação
Célia G.


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