23/05/2015

O.M. AÏVANHOV II - 1ª Parte -

Ensinamentos. 

"Não se esqueça de que tudo o que você vê
é o que você projeta".


O.M. AÏVANHOV 
1ª Parte/4



Perguntas e Respostas

Bem, caros amigos, é uma alegria reencontrá-los e tocar com vocês.

Permitam-me, primeiramente, viver, com vocês, um momento de comunhão com o Espírito do Sol e com Cristo, é claro.

Instalemo-nos alguns instantes nessa comunhão, antes de começar a trocar.

Eu terei coisas a dizer, mas penso que terei a oportunidade de dizer essas coisas durante as respostas às questões.

Isso permitirá, se querem, ter algo de mais dinâmico e que pode, sempre, corresponder a soluções para alguns, em relação às interrogações do que se vive durante este período.

Então, façamos, primeiramente, esse silêncio e essa comunhão.

…Silêncio…

Bem, vamos poder, agora, começar nossas trocas.

Eu esclareço, de imediato, que eu posso permanecer com vocês aproximadamente duas horas, então, temos todo nosso tempo para avançar nesses processos Ascensionais que vocês vivem, ou qualquer outra questão que vocês teriam também.

Eu diria, como de hábito nesses últimos tempos, quando há silêncio, o Espírito do Sol e Cristo estão em nós, vibrantes e ativos.

Questão: quando de uma atividade, eu tenho, por vezes, dificuldade para estar, ao mesmo tempo, na atividade e na lucidez do observador.

O que eu vou responder é que fazer uma atividade, quer seja sua profissão, quer seja, por exemplo, remar em um barco, parece-me difícil ter algumas atividades e, ao mesmo tempo, estar alinhado, totalmente, ou seja, estar em êxtase.

Há mecanismos, eu diria, de aprendizado.

É apenas através da repetição dos estados de clareza, de lucidez ou de observador, como você diz, que a atividade poderá desenrolar-se sem obstrução, ao mesmo tempo permanecendo unificado, digamos.

Mas isso não se faz de um dia para o outro.

Não é porque você é capaz de ser observador em algumas circunstâncias que, quando você está em algumas atividades que mobilizam, eu diria, sua atenção, sua consciência, aí, é claro, você não pode fazer duas coisas ao mesmo tempo, isso me parece perfeitamente lógico.

Apenas quando tiver havido certo número de idas e vindas entre o ego, o observador, ou mesmo o Si, ou mesmo o Absoluto (o Absoluto é, ainda, um pouco diferente, mas digamos a Infinita Presença) que, a um dado momento, todas as separações, as compartimentações da consciência que estão, ainda, ativas, atualmente, não terão mais curso.

Mas isso necessita, efetivamente, de um treinamento e uma experiência que depende, é claro, de cada um, que será diferente, conforme os casos e conforme as atividades também.

Fazer as coisas em consciência e como observador, será melhor começar por fazê-lo em coisas simples e não em atividades que mobilizem, eu diria, a totalidade da consciência, e que, portanto, vão compartimentar ou recompartimentar para levar a efeito essa atividade.

Então, é claro, há circunstâncias nas quais, apesar da atividade, você tem esse alinhamento perfeito e, aí, você está em uma eficácia total.

Mas, raramente, é algo que poderá durar, permanentemente, porque são necessários, de qualquer forma, momentos de interiorização, de recuperação, chame a isso oração, meditação, como quiser.

Mas é difícil realizar algumas atividades mantendo-se como observador ou, mesmo, desaparecer.

É como se você pedisse àquele que me acolhe ler um livro ao mesmo tempo, você vê.

Isso colocaria, de qualquer forma, sagrados problemas.

Portanto, isso não é algo que seja uma falha ou um déficit do que quer que seja.

É, mais, algo que vai instalar-se progressivamente e à medida do tempo que passa, mas que você não pode controlar, em um primeiro tempo, porque há, justamente – e, sobretudo, agora, fazendo esses vai e vens e ficando cansado ou fatigado ou exasperado de viver essas idas e vindas entre a Eternidade e o efêmeroque você vai, em definitivo, escolher, de maneira irremediável, pela atribuição vibral (se já não foi feito, se você não o percebeu), o que é fundamental para você, eu diria, ao mesmo tempo, algo que é muito importante e que você vive como algo de imperioso.

O imperioso não é mais um desejo nem uma investigação, é uma evidência que se instala, porque você experimentou, suficientemente, o ponto de vista da pessoa, o ponto de vista do observador, o ponto de vista do Si ou a ausência de ponto de vista do Absoluto.

Nesses casos, tendo feito as experiências de idas e vindas sucessivas de uma à outra, você vai perceber que alguns estados não o satisfazem mais, não lhe correspondem mais, e é assim que se estabelece o apelo e a atribuição vibral.

Porque, em sua consciência, nesse momento, manifestam-se, como nós já dissemos, muito exatamente, as situações, as ocupações, a idade que você tem são extremamente importantes para cada um de vocês, para viver o que vocês têm a viver.

E, frequentemente, antes de ser liberado, como Bidi dizia, você constata, por si mesmo, e você pode, aliás, reclamar contra si mesmo ou contra o outro, porque você passa de um ao outro, eu diria, mesmo, sem esforço, e eu diria, mesmo, às vezes, sem o querer.

E, naquele momento, efetivamente, é a você que cabe posicionar-se no que lhe parece exato para você e não exato de outro lado.

Portanto, quer seja a Eternidade, quer seja o efêmero, quer seja o Si, é assim que se realiza, ao mesmo tempo, o Face a Face que lhe dá a ver um ponto de vista, depois, outro ponto de vista, portanto, dois pontos de vista ou, por vezes, três diferentes, e é através do que sua consciência pesa e avalia, de algum modo, que você irá para as linhas que são para você, as mais fáceis e as mais evidentes.

E, aliás, esse Face a Face é destinado a fazê-lo tomar consciência, também, no momento da estase, da vaidade, eu diria, da encarnação 3D dissociada.

Porque vocês todos constatarão – se não o constatam antes da estase – que tudo a que vocês possam, ainda acreditar, todos os projetos que vocês possam ter e que são lógicos, de acordo com as idades que vocês têm, não têm qualquer peso em relação à sua própria Eternidade.

E aí, é claro, com mais ou menos facilidade, vocês desembocarão, em todo caso, na Liberação e na Eternidade, na pior das hipóteses, com uma Eternidade não completamente conforme, mas que não é, absolutamente, falsificada como aqui, não é?

Portanto, é perfeitamente lógico viver, eu diria, para alguns de vocês, uma forma de desconforto.

Desconforto entre o que é habitual, o que é moral, o que é social, o que é emocional e o que é relacional e o que é o estado de êxtase, o estado de íntase, o estado Turiya, o estado do Si.

Então, é claro, o erro seria servir-se do Si para organizar o que é do domínio da personalidade, porque, aí, efetivamente, isso os faz recair na dualidade, pelo que vocês chamam, naquele momento, o que eu nomearia os poderes da alma.

E os poderes da alma são forças que fazem com que a alma volte-se para a matéria e não para o Espírito, mesmo se essa alma viva coisas que pertencem aos mundos invisíveis.

Mas nem todos os mundos invisíveis são vibrais, vocês sabem disso, perfeitamente.

Portanto, as oscilações e vai e vens, os «tournicoti-tournicota» são, justamente, para alguns de vocês, mas, também, para aqueles que veem isso, decidir colocar-se, com mais facilidade, em tal estado, tal estado ou fora de qualquer estado.

É graças a esse jogo de idas e vindas.

Lembrem-se, nós o temos exprimido por diferentes vozes entre os Anciões, as Estrelas ou os Arcanjos, mas, também, por intermédio de Bidi.

Mas o que era aceitável, mesmo se você não o vivesse, à época, como sedutor, como hipótese válida, você não verificou, necessariamente, naquele momento, mas, hoje, é o que lhe cai em cima, e isso pode dar, por vezes, variações de mental, de humor ou de emoções, de acordo com o que você é, e que podem parecer-lhe, eu diria, o inverso da paz, mas, no final, há, sempre, a Paz.

O que resta é que é impossível, hoje, permanecer com as nádegas entre duas cadeiras, como você fazia nos anos anteriores, ou seja, ou você está em uma cadeira ou na outra.

E, depois, você vai aperceber-se de que a segunda cadeira não existe e, depois, você vai aperceber-se de que não há cadeira, absolutamente, e, no entanto, você está sentado, e, em seguida, depois, você se aperceberá, você se aperceberá:
 «Mas quem está sentado?».

Então, você vê, é, justamente esse contra, o quê você pode parecer impotente nesse momento, para alguns de vocês, por exemplo, se a Luz instala-se enquanto você conduz, inteiramente.

Isso são coisas que lhe mostram sua própria impotência da personalidade, com algo que era habitual para você e que se torna um feito.

Isso não é uma punição, não é uma doença, é apenas o modo que a Inteligência da Luz encontrou para fazê-lo instalar-se, confortavelmente, onde você está, realmente.

E suprimir, também, desse modo, a noção de busca, porque quando você está, realmente, alinhado, quer seja na aproximação do Si ou no Si estabelecido, você vê, efetivamente, a diferença, a qualidade de sua consciência.

E, depois, você sabe muito bem que há coisas quotidianas a fazer, diz-se: «com a mesma equanimidade».

Mas você sabe muito bem que há coisas que você detesta, todos e cada um, quer você seja Absoluto ou seja realizado no Si.

Porque você tem, de qualquer forma, uma constituição, mesmo se ela seja magnificada ou transmutada, e que, é claro, o corpo está aí, ainda, é claro, nesse mundo, você o vê, mesmo na agonia e, portanto, há, de qualquer forma, coisas a respeitar, que são desse mundo.

Caso contrário, você não pode fazer os dois.

Portanto, é algo que não é para todo mundo, é claro, mas para alguns de vocês que viveram experiências, recentemente (razão a mais, se elas ocorreram há vários anos), das quais você tem a memória dessa vivência.

E, naquele momento, você vai procurar estabelecer-se nisso e a Vida não lhe dá as oportunidades, portanto, isso provoca raivas, isso provoca fulminações, isso pode provocar sintomas específicos, como o Fogo, que vai voltar a sair e eliminar-se, ao nível da pele, por exemplo.

Tudo isso é destinado apenas a mostrar-lhe onde você está em si e onde você não está mais em si, simplesmente.

E depois, é claro, é você que decide.

E você decide, de fato, você nada decide; se as resistências estão presentes, apesar do sofrimento, você continuará a ocupar uma cadeira que não é para você.

Tanto em um caso como no outro.

Isso não é, unicamente, o apanágio da pessoa ou da personalidade ou do ego, é válido, tanto para o ego como para o Si.

Mas, eu diria que, para o Absoluto, não mais.

É similar para uma dor, é similar não importa para o quê.

Todas as experiências e nós o repetimos, ainda, com força – que você realiza são capazes de instalá-lo em sua atribuição.

Então, qualquer que seja o sentido que você tome, essas mudanças, esses «tournicoti-tournicota», ao contrário, é o que vai fortificá-lo, se posso dizer, na aproximação que você tem e que você vive da Eternidade.

Questão: a propósito das cadeiras, há, para alguns, uma apropriação do território. Como você vê isso, a partir de seu lugar?

Então, se quiser, vamos fazer o que disse Anael, recentemente.

A partir do instante em que você se apercebe disso. 

Inverta a questão: o que isso perturba em você?

Não se esqueça de que tudo o que você vê é o que você projeta.

Isso não quer dizer que seja verdadeiro ou falso; você, talvez, tenha toda razão.

Mas o que isso faz ressoar em você?

A solução está aí.

Sempre, e você vai constatá-lo, cada vez mais frequentemente, você vai, por exemplo, viver uma interação com uma situação ou com uma pessoa, com um irmão e, nessa interação, você vê alguma coisa.

Não é questão de dizer eu tenho razão e o outro está errado, ou o outro tem razão e eu estou errado, é questão de ver o que isso quer dizer.

E, se você vê isso, o que é que isso quer dizer para você?

De algum modo, é você que está incomodado.

O que é que isso evoca como falha em você?

O outro está aí apenas para mostrá-lo a si mesmo, quer seja um Draco, um Réptil ou um comportamento animal.

Porque, se você fosse Absoluto ou estabelecido no Si, mas mesmo isso não poderia levantar a mínima interrogação.

Mesmo se você está incomodado, porque você queria esse lugar, você deixará o outro viver esse lugar, sem forçar-se, de maneira alguma.

Isso quer dizer que, assim que você manifeste algo que é bom demais para ser verdade, e totalmente verdadeiro, mesmo, eu diria, mas o fato de colocar a questão ou de vê-lo, sem atravessar isso, ou seja, estando preso, de algum modo, em você ou pela questão, ou pela interrogação que isso suscita.

Eu o convido, como disse Anael, «É aquele que diz que é».

Se você adota esse princípio em todas as coisas, você verá que, muito rapidamente, tudo isso vai solucionar-se.

É aquele que diz que é.

E é, completamente, isso.

Mesmo se, por exemplo, você tenha a impressão de ser invadido em seu território, eu não falo de cadeira, mas de não importa o quê, se isso se produz, é como o tijolo que você recebe na cabeça.

Ele não está aí por acaso, esse tijolo, e o outro não está aí por acaso, tampouco.

Porque você entra – e isso eu também disse – a partir da atribuição vibral e, mesmo, um pouco antes, você entra na hiper-sincronia.

Dão-lhe a ver coisas, que o chocam ou que o seduzem, ou que lhe parecem verdadeiras, ou que lhe parecem falsas.

Qual ponto de vista você vai adotar?

Aquele da pessoa ou aquele do Si?

O ponto de vista do Si ou o ponto de vista do Absoluto?

E você verá que as consequências não serão, absolutamente, as mesmas.

Se você se incomodou por uma noção de lugar ou de território, é que, em você, há, exatamente, a mesma coisa.

É difícil a admitir ou a compreender, mas faça a experiência de fazer: «É aquele que diz que é», e volte à questão para si mesmo, ou a frustração ou a raiva ou não importa o quê, ou o desejo de fugir de uma determinada situação.

O que é que eu exprimo através de minha raiva ou de minha fuga?

O outro é apenas um médium que está aí, justamente, para fazê-lo ver isso.

Portanto, você vê, é nem bem nem mal nem a predação, são oportunidades de ver-se, inteiramente, em si.

Então, isso não quer dizer, necessariamente, que você tenha «aquele que diz que é», mas, em todo caso, isso faz ressoar alguma coisa em você, isso é evidente.

Caso contrário, você nem mesmo o veria.

Hoje, efetivamente, você deve superar todas essas noções de território, e é, aliás, isso faz parte não de mecanismos que você tenha vivido há alguns anos, de deslocalização da consciência na qual você era o outro, na qual você comungava com o outro.

Você vê, efetivamente, que há coisas que eram mais fáceis antes, sobretudo, antes que se manifestam as linhagens.

Porque, aí, você está em níveis que não são, unicamente, ligados às suas experiências ou às suas frustrações, mas que o remetem, diretamente, aos seus próprios arquétipos.

E seus próprios arquétipos não querem dizer que você tenha essa linhagem que corresponde a esse comportamento, mas que você está na reação em relação a essa linhagem.

Como você pode estar em relação com qualquer linhagem que seja, mesmo que seja um puro Draco, e manter a Unidade.

Explique-me como você faz.

Bem, você verá muito bem que é impossível.

É preciso ver, atravessar, exprimir, se quiser, como você o fez, mas, depois, ver-se a si mesmo.

Isso não quer dizer que você faça a mesma coisa, isso não quer dizer que você tem razão e que o outro não.

Tente sair dessa visão maniqueísta da pessoa: eu estou errado, ele tem razão, ou o inverso, ele está errado e eu tenho razão.

Isso não tem qualquer espécie de importância, porque você não resolverá nada assim.

Você resolverá uma determinada situação, mas ela lhe será reapresentada, multiplicada a cada vez, porque nós já dissemos, há algum tempo, que o que se desenrola na matéria, aí, nos atos insignificantes da vida, são os meios de testar onde você está, real e concretamente, nisso.

E, talvez, você não o veja, e o outro sim.

Mas, assim que haja um que veja algo, é o outro, é como quando você brinca de cabra-cega, é a mesma coisa, ou de esconde-esconde.

Você agarra alguma coisa, porque você a viu e, depois, o que é que você faz?

Portanto, é claro que se pode encontrar uma origem ao nível do cérebro, ao nível das feridas, ao nível das memórias.

Pode-se, também, encontrar explicações pela manifestação de uma linhagem, mas, se um irmão ou uma irmã dá-lhe a ver uma linhagem que não o suporta, mas é que a falha está em você.

Se você é Absoluto, você vê o bem, você vê o mal, você vê a Unidade, mas você nada é de tudo isso.

Você não será incomodado nem pelo diabo nem por um tiro de fuzil, você continuará o mesmo.

Portanto, assim que haja reação, ao que quer que seja, você exprime, simplesmente, resquícios, eu diria, de dualidade.

Portanto, é aquele que diz que é.

E eu lhe certifico que, se você muda seu modo de ver ou de analisar, mesmo uma determinada situação, uma determinada relação, você vai, rapidamente, dar-se conta do que não funciona em você, ao invés de vê-lo no outro.

Porque, se você o identifica em si, não como a explicação, a identificação não é a explicação, é atravessar isso, não prender-se pelo que quer que seja, não como uma negação, não como aquele que não quer ver, mas, justamente, vendo-o, com cada vez mais intensidade, cada vez mais ruminação ou perturbações, é assim que você vai sair disso.

Para nada serve bater no outro ou roubar-lhe a cadeira.

Mas isso pode ser engraçado, também, para o outro, se isso se produz, na condição de que não seja uma reação, porque, de momento, há linhagens que lhe aparecem, gentilmente, nos comportamentos, mas podem aparecer, também, muito mais violentamente.

Mas isso é, justamente, o que você vive, agora, como nós dissemos, com uma intensidade decuplicada.

Permaneça sábio em relação a isso, não se misture nisso.

É visto, é claro, mas se é visto, resta apenas que atravessá-lo, simplesmente.

Então, é claro, você vai responder-me que é mais fácil falar do que fazer.

Faça-o, já, algumas vezes, e você verá, por si mesmo, que as coisas ficarão profundamente diferentes.

Talvez, você vá decidir serrar-lhe a cadeira e, talvez, para ele, isso será importante, naquele momento e, talvez, você vá atravessar.

Porque, aí, se você atravessa e deixa o tempo, deixa o espaço, você dá, pela Inteligência da Luz, a explicação, você não entrou na reação imediata ou no sofrimento imediato ou no incômodo imediato, pouco importa o que é.

Quer seja uma doença, um vírus, um irmão, uma irmã ou o tijolo que cai na cabeça é, exatamente, o mesmo princípio.

Então, naquele momento, ai invés de acusar o tijolo ou aquele que jogou o tijolo, volte-se para si.

Isso não quer dizer tudo aceitar, isso não quer dizer nada dizer, isso quer dizer atravessar isso em si, ou, se prefere, gire sete vezes a língua em sua boca antes de falar.

Eu não falo das questões, mas eu falo em geral.

Tudo o que a Vida propõe a você, hoje, é isso.

Quer sejam anomalias na matriz, que são cada vez mais frequentes – e isso eu havia dito para o mês de abril – as coisas que lhe explodem na cara, com uma intensidade que você não suspeitava, e que chegam, por vezes, a fazê-lo perder a calma ou sair de seu contentamento, quer seja o excesso de barulho, quer seja alguém que funga, quer seja não importa o quê.

Tudo isso são oportunidades para sair, de algum modo, dos resquícios de expressão da dualidade.

Porque a Vida chama você, sempre, nesse mundo, mesmo se você é Absoluto e decida permanecer no Maha Samadhi durante um ano, você não poderá evitar ser perturbado a menos que esteja no fundo de uma caverna e nada coma e nada beba durante anos – por um animal que passa, pelo frio, por não importa o quê.

São, justamente, as oportunidades de ver se você está aí, realmente, onde você pensa estar.

O que quer dizer que, agora, não basta mais dizer eu tenho tal Coroa que está ativa, eu vivi a Onda de Vida, portanto, estou Liberado.

PROVE-O.

A prova não é porque você vibra.

É claro que você está liberado, naquele momento, como todo mundo.

Mas, no que há a viver agora, com a acuidade que é exponencial, cabe a você ver.

E, se algo, sobretudo, é-lhe reapresentado, em relação a uma experiência que você faz, habitualmente, a traição, o abandono, a injustiça, o medo, todas as manifestações da pessoa – essa manifestação da pessoa, ela pode ser inteiramente verdadeira, como inteiramente falsa – tanto em um caso como no outro, é a expressão da dualidade, é uma projeção da consciência.

E a consciência vai apropriar-se, é claro, e dizer:
 «Eu tenho razão», mas, naquele momento, é a pessoa que fala.

Você perdeu o controle, você saiu do alinhamento.

E o que é preciso fazer nesses casos?

Pôr Cristo à frente.

Então, você pode enviar, também, o próprio Cristo serrar-lhe a cadeira, você verá, efetivamente, o que acontece.

Talvez, para essa pessoa, efetivamente, será necessário que a cadeira quebre; para outra, não, ela está aí porque, justamente, ela desperta isso em você.

E, se ela desperta isso em você, é que há ressonância e, se há ressonância, isso quer dizer que, sem culpa, sem projeção, atravessa isso.

O mais difícil em tudo isso é não mais colocar-se questões, ao nível mental ou intelectual, sobre a busca de sentido, de explicações, mas, também, não mais ruminar e não mais recusar as emoções que chegam, deixá-las emanar e ver por si, porque, se há algo que chocou, é que, em algum lugar, há uma falha, e o outro está aí apenas para revelar sua falha.

E, se você não o vê com uma determinada situação, você o verá com uma pessoa, e você o verá com uma segunda pessoa.

Depois, se é preciso quebrar o carro para isso, ou quebrar-lhe a cabeça, a Luz quebrará sua cabeça.

É normal, e é isso a sincronia, é isso o Face a Face.

E, para alguns, o Face a Face consigo mesmo é muito fácil, então, o Face a Face não é, unicamente, em relação a si mesmo, é em relação a tudo o que eu nomearia a vida nesse mundo, ou seja, tudo o que é emanação da consciência, projeção da consciência e, portanto, separação, divisão e compartimentação.

E é, justamente, vendo isso, por vezes, sendo cada vez mais incomodado, que você vai dar-se conta de que, sozinho, você nada pode fazer, ao nível de sua pessoa.

E pôr Cristo à frente permite, efetivamente, sair desse funcionamento dualitário porque, ao colocar Cristo entre vocês dois, ou entre você e uma situação, você sai, de maneira inexorável, da dualidade, você entra na Trindade.

Eu diria, em resumo, que tudo o que se apresenta à sua consciência, hoje, tem uma razão de ser.

Como você mesmo está, exatamente, no lugar certo; as interações de todos esses lugares dão ajustes, modificações, por vezes, muito violentas, nesse momento, mas que concorrem, todas, para estabelecê-lo aí, onde você está.

E você terá a oportunidade, ao colocar Cristo à frente, de aperceber-se de que querer determinar quem está errado e quem tem razão, estritamente, para nada serve.

É claro, quando você está no carro e há um sinal de parada e você entra nele, é ele o culpado, mas, aí, eu falo de sua consciência.



Questão: o que eu devo deixar emergir?







Post. e Formatação
Semeador de Estrelas

http://semeadorestrelas.blogspot.com

Tradução e Divulgação
Célia G.

Leituras Para os Filhos da Luz

Abril 2015

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