10/05/2015

O.M. AÏVANHOV - Abril - Parte III -

"Mas aquele que não é manifestado tem
 a consciência total de tudo".

Ensinamentos, Abril 2015

O.M. AÏVANHOV 
- Parte III -
(Continuação 2ª p.)                            Inicio parte I

Questão: isso quer dizer que o Absoluto sem forma pode, a qualquer instante, retomar uma forma para experimentar?

Creio que eu entendi, não precisa repetir, essa veio de perto.

Mas é alguém que eu estimulo à noite.

Então, se quer, tudo isso é lógico.

O que há nesse nível?

Há o Absoluto sem forma, do qual nada pode ser dito, ele pode apenas ser vivido.

Mas, a partir do instante em que você tem uma forma, mesmo livre, ou seja, um corpo de Existência, eu diria, que não está no vestiáriouma vez que são, todos, o mesmo – você se serve de um veículo.

Então, ao servir-se de um veículo, esse veículo torna-se um médium da projeção da consciência.

Mas, quando você é Absoluto sem forma, você é tudo isso ao mesmo tempo.

Mesmo se você não consiga, aqui, a percebê-lo, aqueles de vocês que se juntaram à Infinita Presença, que foram liberados, ou seja, que passaram ao outro lado do último véu, bah!, é claro que eles são Absolutos, em uma forma que está, ainda, presente nesse corpo, mas, depois, sendo Absoluto sem forma, há a recapitulação de todas as formas existentes e bem mais.

Portanto, não há separação entre Absoluto sem forma e com forma.

Aqui sim, aí onde vocês estão.

Mas, depois, eu repito, e isso se junta ao que eu disse há pouco, em relação à exploração das linhagens ou dos elementos de suas linhagens estelares ou de sua Origem estelar, é algo que vai dar-lhes a viver algumas coisas, mas em total liberdade.

Em definitivo, isso não faz diferença alguma com aquele que é Absoluto, exceto aquele que é Absoluto sabe que ele é, também, aquele que experimenta e o outro não o sabe, mas ele não tem necessidade disso para ser livre.

E não é, mesmo, uma questão, eu diria, de maturidade ou de maturação da consciência, é, simplesmente, um estado de manifestação ou um estado de não manifestação, em qualquer dimensão ou em qualquer universo que seja.

Mas aquele que não é manifestado tem a consciência total de tudo.

Ele é, ao mesmo tempo, a Fonte, e a Fonte está presente em cada um, é claro, o Absoluto está presente em cada um.

Se quiser, é como se lhe propusessem um sortimento de sobremesas e cada um fosse atraído ou por sua gula, ou por suas concepções alimentares, ou pela fome, ou por nada mais, absolutamente.

É exatamente a mesma coisa para a consciência, quaisquer que sejam as dimensões.

A única diferença, vocês sabem, é a inversão específica nesse mundo e a falsificação, a Luz que havia sido distorcida.

Mas, a partir do instante em que você está realinhado à pura Luz da Presença, da Felicidade e, mesmo, do que está além, ou seja, o Parabrahman, você não tem mais qualquer preocupação de dimensão, de forma, tudo isso, ao limite, não lhe concerne, mesmo, mais.

Mas não há separação, a separação está aqui, ela não está em outros lugares.

Se você não gosta dessas palavras, pode substituir por densificação.

Há níveis de leveza cada vez mais leves, cada vez mais etéreos, nos quais, finalmente, tudo isso se resolve em uma visão cada vez mais panorâmica e cada vez mais conscientizada.

É, aliás, o objetivo da consciência nesse espaço, que não é um espaço, mas que é o conjunto de todos os espaços.

É por isso que, quando nós dizemos que estamos em vocês, mesmo se vocês me ouvem falar, mesmo se isso não os satisfaça ou mesmo que vocês estejam em uma grande alegria, isso nada muda.

Isso faz parte da manifestação.

Então, essa própria manifestação é voltada para o alto, simbolicamente, ou para baixo, para a leveza ou para o peso, não há outra escolha.

Todo o que vai para o leve é Amor; tudo o que vai para o peso vai para a separação (mesmo se não haja separação), mas vai para uma experiência cada vez mais fragmentada, eu diria, mesmo se ela seja apaixonante, mesmo se haja, sempre, uma infinidade de mundos, uma infinidade de criações e uma infinidade de manifestações diversas e variadas.

Quando nós dizemos que a Liberdade é total, ela é completamente total, ou seja, não pode haver exceção à regra.

É a lei da Graça, da ação da própria Graça.

Questão: eu não consigo acreditar que você está aí.

Eu tampouco, não acredito que você está aí.

Questão: há dúvidas que giram na minha cabeça, e eu não posso, mesmo, escutar o que você diz, eu escuto apenas as minhas dúvidas. O que é isso?

Tanto melhor.

Quanto menos você me escuta, melhor você está em si.

Questão: aquele que escolhe o Absoluto com forma pode liberar-se, a qualquer momento, para voltar a tornar-se Absoluto sem forma?

Eu não falei disso.

Você é Absoluto com forma, nesse corpo, mas, quando vai perder esse corpo, aquele que é Absoluto com o corpo, ele será Absoluto sem corpo.

Mas ele tem, à sua disposição, no vestiário, todos os corpos de Existência, todas as dimensões, todos os átomos, a menor partícula no fim profundo dos universos, mesmo dissociados.

É inimaginável, para a consciência, o nível, desta vez, não de energia, mas de informação pura, porque é um sistema infinito.

Então, por algumas leis que os cientistas explicariam, certamente, melhor do que eu, ou os Arcturianos, por exemplo, que lhes explicariam isso à maravilha, é o princípio dos fractais, é o princípio da repetição ao infinito de uma onda, circular, que cria a Liberdade.

Mas tudo isso é de domínios muito complexos.

Quando você o vive com a consciência, você não tem mais a mínima dúvida sobre o que quer que seja, mas não é linear.

Se você é, hoje, Liberado Vivo, ou seja, Absoluto com forma (uma vez que sua forma está aí), quando você perde a forma, você é Absoluto sem forma.

Mas, se você toma outro corpo, onde quer que seja, você continua Absoluto, com uma forma e, no entanto, você é Absoluto sem forma.

Não é um ou o outro, jamais é excludente, é, sempre, inclusivo.

Quando a Fonte diz que ela está em cada um de vocês e de nós.

 Ela está, realmente.

Quando se diz que Cristo está em você, ele está, realmente, uma vez que nada mais há ali do que você.

Portanto, o Absoluto sem forma ou com forma, isso nada muda, é, simplesmente, a denominação nesse mundo.

Mas lembre-se de que toda consciência é vibração e que toda consciência pode utilizar um veículo ou, então, não ter veículo, ter necessidade de um médium ou não.

Mas não é um ou o outro, é um e o outro.

Será preciso habituar-se não, unicamente, ao nível vibratório, não, unicamente, ao nível de suas concepções ou de sua vivência para refletir a Luz, não para remetê-la, mas refletir esse estado da Luz que está aí e que se traduz, se quer, pela ausência de barreiras, a ausência de limites; todas as camadas isolantes ao seu redor, os envelopes sutis estão esburacados por todos os lados.

Então, é claro, se você vai ver um terapeuta e você está muito despertado, ele vai dizer-lhe que tudo vai mal, ele vai dizer que você não está aí, enquanto você está inteiramente aí – mesmo se você não esteja aí – porque ele não pode perceber.

Ele dicotomiza, ele separa, ele discrimina.

E é, justamente, por isso que, para alguns de vocês, mas não, unicamente, aqueles que leem ou escutam ou vivem tudo isso, mas mesmo junto aos seres que, estritamente, nada vivem dos processos energéticos, dos processos vibratórios ou da consciência há, também, isso.

Portanto, isso cria, se quer, essa necessidade de identificar, essa necessidade de pôr um nome, de chamar, de nomear, no sentido principial, ou seja, no sentido «No princípio, era o Verbo» e o Verbo, a Fonte nomeou cada coisa.

Não confunda o sujeito, o objeto e o Absoluto.

O Absoluto não é concernido por uma forma nem por um sujeito nem por um objeto, mesmo se ele esteja inscrito em uma forma que tem seus próprios limites, aqui mesmo, nesse mundo, é claro.

Mas isso nada muda, absolutamente.

Primeiramente, no momento da passagem final da morte, quer ela seja coletiva ou individual, por acidente, por doença, pouco importa, aquele que é Liberado não está sujeito, de maneira alguma, ao medo da morte ou ao medo de seu desaparecimento.

O que não é o caso, se lhes ensinassem, para a maior parte de vocês, hoje, que vocês vão morrer amanhã, não é?

Toda a diferença está aí.

E, é claro, você vê, também, o lado dos trabalhos práticos, como eu disse no mês passado.

Você poderá ver, ao seu redor, seres que viveram estados de consciência, por vezes, extraordinários, e recair na dualidade e em uma espécie de confusão, porque eles levaram a efeito sua atribuição.

E a confusão de cada um ou a alegria e a leveza de cada um é diferente, é claro, conforme o que eu nomeei de trilhos, nos quais vocês percorrem, ainda, nesse tempo linear.

E, mesmo se não houvesse, eu diria, prazo, há, sempre, um prazo nesse mundo, e cada um sabe disso; mas é uma coisa saber, e é outra coisa vivê-lo.

Não é porque você vai acreditar no Absoluto que você será Absoluto, uma vez que, aí, nós saímos, e você sabe disso depois de Bidi, de toda noção de crença, no que quer que seja.

Então, é por isso, quando eu ouvia que se perguntava se eu estava aí, mas eu só posso responder: 
«Será que você está aí? 
Quem está aí? 
O que se estabelece como relação entre nós?».

É o mental que vai duvidar e colocar-se a questão
«Isso é verdade, isso não é verdade?», ou será que é no espaço do Silêncio, quando eu me calo, que a comunhão estabelece-se, pelo Espírito do Sol, é claro?

Questão: a que corresponde, durante o sono, ver um vazio negro com angústia?

Um vazio negro?

O vazio negro é o que se chama a Infinita Presença.


Quando você está na Infinita Presença, no momento da extinção da consciência, há, efetivamente, esse escuro extremamente angustiante.

Para o Si é o terror, para aquele que solta o Si é a bênção.

Porque, enquanto é visto como espaço negro angustiante, é claro, o Si não é liberado.

O Si apenas é liberado quando ele se destrói, entre aspas, ele mesmo, quando a alma dissolve-se e quando Cristo diz «Pai, eu entrego o meu Espírito em suas mãos».

Isso quer dizer que, naquele momento, realiza-se, realmente, a transcendência de Cristo, o Espírito Solar, o Espírito de Cristo, o Espírito de Miguel, a totalidade do universo é revelada no Corpo de Cristo que sofre, mas que está, também, em você.

Então, tudo isso são manifestações da consciência: há a Luz, há a Alegria, há o êxtase, há o sofrimento, há histórias muito belas ou muito catastróficas nesse mundo.

Mas, para além de todas essas histórias, para além, mesmo, de sua presença e nossa presença nesse sistema, há, efetivamente, esse negro angustiante.

Mas, quando você está no negro angustiante, ou seja, quando não é mais visto, mas você está dentro, aí, você sabe que chegou em si.

Mas para nada serve vê-lo, mesmo se seja uma aproximação, se posso dizer.

A partir do instante em que você entrega seu Espírito nas mãos do Espírito, você se torna ele.

Não se esqueça, jamais, de que a Luz, ela nasceu de onde?

Do que se chama o néant.

Mas o néant, após ter feito o caminho de ir e o caminho de voltar, por vezes, há os que fazem um muito pequeno caminho e, outros, que fazem caminhos desviados, são todas as experiências possíveis da consciência, em toda forma, em todo universo e em toda dimensão.

Após isso, bem, há o Retorno ao centro, o Retorno à Eternidade.

Mas, nesse Retorno à Eternidade, há os diferentes posicionamentos dos diferentes corpos nas diferentes dimensões, até aqui, na Terra, que dão a impressão e a ilusão de um Retorno.

Mas, de fato, você jamais se moveu, são apenas jogos da consciência.

E é por isso que eu disse, já, no mês passado, e cada vez mais isso vai tornar-se flagrante, quer seja em sonho, quer seja de repente, assim, sem razão, mesmo fora dos alinhamentos que você decida ou que você assista, você terá esse apelo, essa injunção do que você é e, é claro, se você está – de um ponto de vista que é restrito – mesmo, aberto, e, mesmo, realizado no Si, você verá o quê?

TREVAS.

Mas essas trevas não são as trevas da densidade, são as trevas das origens.

O problema é que muitos seres confundem, no caminho espiritual, o que se chama o fuzuê original, que contém, em si, já, todas as manifestações, desde a mais pervertida até aquela que ainda não foi criada, de algum modo.

É isso esse negro angustiante.

Ele é angustiante para a pessoa, é claro, ele é angustiante para o Si.

Então, despojar-se da pessoa e do Si, não como se retira uma vestimenta, mas, mais, aquiescendo ao que é, que se realiza a Liberdade.

E, aí, não quando você o vê, mas quando você – eu não tenho melhor palavra – quando você se imerge nisso, você sabe que você está em si, não antes.

Mas isso não é a densidade a mais extrema, eu diria, mesmo, que é a ausência de densidade, total.

Então, há a impressão, a partir de certo ponto de vista, e há a realidade ou a Verdade, a única, que é quando você está «Aí».

E, quando você está «Aí», como por acaso tudo desapareceu, mesmo se você consiga manter-se na fronteira, o que faziam algumas Estrelas, para manifestar Samadhis que podiam durar anos, não é?

Quer sejam nossas irmãs indianas e da Índia, eu falo mais das Índias da América do Norte ou dos povos Hindus.

Há seres que passaram dezenas de anos nesse estado.

É a fronteira, ou seja, eles conseguem manter-se no fio no qual o corpo não tem mais necessidades (ele pode permanecer imóvel, pesar muito durante anos) e no qual, ao mesmo tempo, a consciência tem-se, ao mesmo tempo nesse corpo, ao centro do centro, mas no ponto final da Passagem, e que é, ao mesmo tempo, esse êxtase sublime da Infinita Presença, mas no qual não há mais forma, não há mais referências de cor, nada mais há.

Os primeiros êxtases, eu os vivi com o Sol, muito jovem.

Mas havia, ainda, eu e o Sol e, um dia, você se torna, você mesmo, o Sol, e, um dia, você se torna, você mesmo, o universo e você mesmo, um dia, você se torna o Absoluto e apercebe-se de que nada de tudo isso pode existir.

Isso pode apenas ter-se fora da Verdade.

Mas não é por isso que você não tem vontade de jogar, simplesmente, você sabe, porque você o viveu.

E, é claro, em sua vida, naquele momento, as coisas mudam completamente.

Se você tem uma doença, isso não quer dizer que ela vá desaparecer; se você é muito rico, isso não quer dizer que você vá tornar-se muito pobre ou o inverso, isso quer dizer que tudo isso não tem mais qualquer espécie de importância.

Mas, para isso, é preciso vivê-lo.

Para nada serve afirmá-lo, enquanto sua consciência manifesta coisas, porque ou sua alma está, ainda, hesitando, se posso dizer, apesar da atribuição vibral ou, então, porque a alma está, justamente, em curso de dissolução.

Mas há essa última passagem, não é mais a passagem do ego ao coração (isso foi há alguns anos), agora, é a passagem do coração ao Todo.

E, para isso, para ser Tudo, como nós dissemos, é preciso ser nada aqui.

É, certamente, no sentido o mais íntimo que eu falo, não é ao nível de não ter uma profissão ou marido ou mulher, atenção, eu falo, efetivamente, de um estado interior.

Aliás, aquele que é assim, quer ele morra no dia seguinte, quer ele se case, quer ele divorcie, quer ele perca tudo ou ganhe tudo, isso nada muda e isso nada pode mudar, porque, se isso muda alguma coisa, o que é que isso quer dizer?

Que não era verdadeiro.

Que há, ainda, uma alma que insufla desejos, insufla necessidades diversas e variadas, necessidades de reconexão, necessidades de manifestações, quaisquer que sejam.

Mas você não pode constranger suas necessidades, se essas necessidades manifestam-se.

Você pode, simplesmente, vê-las, e, quanto mais você as vir, mais você as atravessará e mais você ficará neutro, se posso dizer, ao nível da pessoa.

É o que se chama o desaparecimento da pessoa, não é sua dissolução, assim, no Éter (exceto no momento final), mas, antes disso, também, você vive pequenas mortes, pequenos desaparecimentos.

E quer seja no desaparecimento ou em um evento que o aborreça ou um evento feliz, você continua no mesmo estado; você não é mais levado por suas emoções, por suas reações.

Caso contrário, a experiência da vida vai fazê-lo dar vai e vens, como eu disse, meia voltas no lugar, cada vez mais rapidamente, até no que você via.

Não há maneira alguma de escapar disso, de qualquer modo.

Então, caros amigos, vou deixar vir exprimirem-se os Arcanjos, em uma ordem determinada.

Serão intervenções mais vibrais, eu penso que não haverá questões e respostas.

As questões e respostas, sou eu que me encarrego delas, com o Espírito do Sol, sobretudo, mesmo se outros intervenientes responderem, certamente, a outras questões.

Então, eu lhes transmito todas as minhas bênçãos.

E, para preparar a vinda, eu vejo, do Arcanjo Miguel, vamos estabelecer-nos, todos juntos, antes que eu vá, nesse acolhimento total.

… Silêncio…

Bem, caros amigos, vou retirar-me e vocês tentem permanecer no mesmo estado, o tempo que o Arcanjo Miguel venha exprimir-se.

Eu lhes digo, quanto a mim, até muito em breve.

Fiquem bem.




Post. e Formatação
Semeador de Estreças

http://semeadorestrelas.blogspot.com


Tradução e Divulgação:
Célia G.
Leituras Para os Filhos da Luz

Fonte: https://lestransformations.wordpress.com/2015/05/07/o-m-aivanhov-avril-2015-1ere-partie-questions-reponses/

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