Ensinamentos Março 2015
"Não há necessidade de ir meditar ou
alinhar-se, uma vez que
Cristo está aí".
4 – O. M. AÏVANHOV
- Parte I-
Processos ligados à Liberação coletiva
Bem, caros amigos, sou eu, ainda, assim como ainda são vocês.
Então, eu não vou pedir questões, desta vez.
Gostaria de exprimir certo número de coisas.
Essas coisas são ligadas, é claro, ao processo que vocês vivem, que está em curso e que visa, como vocês sabem, a Ascensão coletiva, a Liberação coletiva e processos que superam, amplamente, o que a pessoa pode conceber e imaginar.
Nós temos dado a vocês, durante todos esses anos, elementos de referência.
Vocês observam, talvez, que, a partir da abertura de Uriel do mês de fevereiro, além das Notas, nós lhes demos, durante esses alguns dias, elementos extremamente precisos que não lhes haviam sido comunicados até agora.
Esses elementos que nós lhes damos são referências no que se desenrola e que, de todo modo, desenrolar-se-á, mesmo sem referencia, mas que lhes permite, talvez, não satisfazer uma curiosidade, mas, eu diria, bem mais, inscrever-se nessa realidade, sem apreensão, sem hesitações, sem projeções e sem esperanças, mas, simplesmente, como foi dito, em sua nudez primeira, ou seja, em sua brancura, em sua pureza, em sua beleza, aquela da Eternidade, aquela de Cristo, aquela do Sol e aquela, também, desta Terra, enfim, liberada de certo número de danos, digamos.
Então, interessemo-nos, se quiserem, não mais à história, não mais aos sinais e às premissas de que eu falei há anos, e que são, todas, reveladas sob os seus olhos, a partir do instante em que vocês se interessem pelo que pode acontecer sobre a Terra, mas pelo que acontece, também, no interior de vocês.
Isso agita, isso treme, isso queima, isso se liquefaz, isso desaparece, isso faz coisas novas, isso faz coisas diferentes, e vocês se sentem bem, mesmo se não esteja, ainda, claramente definido, que há, verdadeiramente, elementos, tanto em vocês como na Terra, que assinalam, de qualquer forma, uma transformação importante.
É, mesmo, mais do que uma transformação, é uma Ressurreição.
Então, é claro, não vamos falar de todos os sinais preliminares que deviam manifestar-se durante esses anos.
Vocês os viram, progressivamente, através... aqueles que seguiram o que nós dizíamos em relação ao avanço da Luz, vocês viveram alguns sintomas ou sinais que são características da Luz.
Hoje vamos tentar, ao invés disso, ver, eu diria, de algum modo, o que vai acontecer no fenômeno não coletivo, mas no que precede, agora, o Apelo de Maria e, portanto, o processo coletivo.
Gemma Galgani esclareceu-lhes o que aconteceria durante o período da estase.
Ela não lhes falou do depois, porque, depois, é a surpresa, e para nada serve focar-se nisso.
O que é importante é a aquisição da Luz, é a manifestação da Luz aqui mesmo, quer vocês vejam, quer sintam em seu corpo, mesmo se haja coisas que possam parecer horríveis, nesse mundo ou em sua vida.
Digam-se, efetivamente e compreendam que isso é apenas uma cena de teatro, cujo único objetivo é despertá-los, definitivamente, se isso ainda não foi feito.
Então, é claro, há todos os condicionamentos, todas as feridas, toda a sua história, tudo o que repetido, progressivamente e à medida de sua vida, como dos outros seres humanos que criam, ainda, um sentimento de linearidade desse mundo.
Mas vocês sabem, muito bem, que saem, cada vez mais frequentemente, dessa linearidade, também, através da expressão das dimensões unificadas da Obra no Branco em seu mundo: aparição de Luz, o que eu dizia ontem, sobre os vórtices elementares, o que pode produzir-se e que vocês veem, tanto em vocês como ao seu redor, o aparecimento da visão de seu corpo de Existência, cada vez mais claramente ou, então, se vocês nada vivem de tudo isso, uma capacidade para não mais questionar-se e para tomar a vida, eu diria, da maneira a mais simples e imediata, o que quer que ela lhes apresente.
E vocês observam, aliás, entre todos os irmãos e irmãs que reencontram aqui e alhures, que há alguns, entre vocês, que têm os mesmos processos de vibração de consciência, que vão manifestar, talvez, mais paz e serenidade e, outros, mais questionamentos.
Isso não quer dizer que aquele que se questiona está mais ou menos adiantado.
Isso quer dizer que o relógio espiritual dele, seu relógio biológico tem seu próprio ritmo, mesmo se, é claro, vocês tenham referências que lhes são comuns, quando têm a percepção da vibração.
Mas, mesmo se você não tenha isso e não nos siga sempre, você se dá conta, efetivamente, de que não é mais como antes.
Mesmo se isso lhe pareça pior, o importante é que haja essa mudança.
E, mesmo se lhe pareça que essa mudança seja o inverso da Luz, engano seu.
É o inverso da Luz para o que não tem mais razão de ser e que deve morrer.
De qualquer modo que seja.
Quer seja por um irmão ou uma irmã, quer seja, como eu disse, por um tijolo que lhe cai na cabeça, ou por qualquer circunstância que a vida aporte a você.
Se você permanece nesse Aqui e Agora, como disse Anael, se você coloca Cristo à frente e entre vocês, nas relações, nas situações e, também, em si, o que é completamente realizável, já, há um mês, mesmo se isso se faça, ainda, para alguns de vocês, por toques minúsculos ou, então, por uma invasão fenomenal de Cristo.
Porque Cristo toma todo o lugar, assim que você libere um espaço para Ele, Ele o toma.
É, exatamente, o que acontece com a Luz e com seu corpo de Existência.
De momento, a Luz precipita-se em você, precipita-se nos vórtices e, eu repito, cada vez mais possibilidades de agarrar-se.
A grande novidade é que, a partir de amanhã, que é o dia da Anunciação e que precede, eu diria, a futura semana Pascal e, portanto, a lua cheia que chega em breve, em uma dezena de dias, eu creio.
Tudo isso, se quiserem, é algo que vai traduzir-se, para vocês, por uma mudança interior, se ainda não se manifestou.
E, se você já pensa no que você era, não há um ano, mas, mesmo apenas há algumas semanas, você é obrigado a constatar que há coisas que mudaram.
Então, há coisas luminosas, evidentes e, depois, há coisas que lhes parecem não luminosas.
Mas eu lhes garanto que o que não lhes parece luminoso hoje, será luminoso amanhã, ou em outro dia.
Mas, em todo caso, a partir deste período de amanhã e todo o mês de abril, vocês vão constatar a evidência do que nós lhes dizemos desde as Notas de Fevereiro, mas, também, o que nós lhes dizemos desde o início desta semana.
Quer seja, mesmo, através de suas questões, através de suas percepções, de suas vivências ou suas interrogações em relação à não vivência.
Independentemente de tudo isso, se você se olha, objetivamente, você é obrigado a conceber e aceitar que, mesmo independentemente dos estados de Existência, das experiências de Existência ou, mesmo, do Liberado vivo que não é concernido por tudo isso, que se produzem, em sua vida, coisas diferentes.
Seu sono está diferente, sua alimentação está diferente, as relações, também, estão diferentes.
Você observa que consegue, cada vez menos, compreender com as palavras.
Isso é normal.
Você se compreende, cada vez mais facilmente, com Cristo e com o Amor, e o Amor não tem necessidade de palavras.
Isso quer dizer que, se você não compreende em uma determinada situação, como dizia Anael, é, simplesmente, que você se omitiu de colocar o Amor à frente e por toda a parte, antes de exprimir-se.
Porque, uma vez que a pessoa exprime-se, obviamente, o que se exprime é sua pessoa.
Ora, o que acontece é o desaparecimento da pessoa.
Isso quer dizer o quê?
É que os modos de comunicação, aqui mesmo, os modos de relação não podem mais ser travestidos pelas palavras.
E, portanto, é preciso olhar-se, de coração a coração e de alma a alma, se ela existe, ou seja, nos olhos, ou seja, com Cristo, que está aí.
E isso, de um modo ou de outro, mesmo se você não o tenha colocado em prática, você é obrigado a constatar que há mudanças em todos os setores de sua vida, em todos os setores de seu corpo, de seu modo de viver, de uma maneira geral.
Você observa que, em relação ao tempo, também, há distorções, ou seja, às vezes, o tempo passa muito rapidamente, às vezes, ele não passa mais, ele parece não mais escoar-se.
Às vezes, você tem períodos de pré-estase.
E isso pode conduzir a pequenos incidentes, se você não obedece ao que a Luz pede a você: você vai constatar que vai bater, esbarrar por toda a parte, que seu automóvel ficará amassado, que as relações com o outro não lhe parecem mais normais, elas lhes parecem anormais.
Mas isso é porque você, simplesmente, esqueceu-se, qualquer que seja seu estado de Realizado ou de Liberado, de pôr nas relações, ainda existentes – porque você está, ainda, encarnado – de pôr a Luz à frente, o Amor à frente e Cristo por toda a parte.
Se você realiza isso eu lhe garanto que muito, muito, muito rapidamente você constatará que se tornará feliz como uma criança.
E que tudo o que deve desenrolar-se em sua vida, mesmo as obrigações e, sobretudo, as obrigações que você não gosta, vão realizar-se no mesmo estado de paz, porque você sabe que você não é isso.
Você não rejeita, você o faz.
Isso quer dizer que você transcendeu, que você superou isso.
E nada de nefasto pode acontecer.
Mesmo se isso lhe pareça nefasto, é apenas uma ilusão da distância ainda, por vezes, existente entre sua Eternidade e seu efêmero que se manifesta, ainda.
Não se esqueça de que a última passagem é, também, ligada à primeira passagem da aproximação de Uriel, em dezembro de 2010, que é ligada à ativação do Verbo, o Verbo Criador.
Se você tem o Verbo Criador, mesmo por intermitência, as palavras não têm mais qualquer importância.
E você se fará melhor compreender na relação com o outro, nos problemas que podem existir em você ou em seu exterior, por exemplo, olhando, tocando, fazendo silêncio antes de falar.
E não querer, a todo custo, justificar-se, ter razão, impor o que quer que seja.
E o desaparecimento, ele está, também, aí, ou seja, fazer desaparecer os hábitos, as convenções, os códigos sociais, os códigos morais que existiam desde a aurora dos tempos.
E se você supera isso, verá que, no outro, mesmo se é o pior inimigo, você pode ver apenas Cristo, não como uma imaginação, não como algo que está no futuro.
Não, você O verá, realmente, no instante em que vive isso.
Isso quer dizer que tudo o que se desenrola, nesse momento, ao nível da Ascensão individual e coletiva, tem por objetivo e vocação apenas fazê-lo entrar, inteiramente, na Eternidade.
Mas, para isso, é preciso entrar, inteiramente, na Humildade, na Simplicidade e na maturidade e responsabilidade e, sobretudo, no Amor.
Ora, por vezes, há palavras que saem, que não são compreendidas, na frente.
Vocês observam isso, todos.
Isso quer dizer, simplesmente, que as palavras que saíram são, simplesmente, palavras que servem para que vocês se situem, um e o outro, na relação.
Em contrapartida, se você faz Silêncio, se você põe Cristo à frente, naquele momento, o Verbo sairá de você.
Como se faz a diferença?
Não é, tanto, as palavras agradáveis ou desagradáveis, porque o Verbo pode, também, dizer "merda", mas ele o diz com, não elegância, mas com Amor.
E isso não é mais um poder sobre o outro, isso não é mais uma vontade que se aplica sobre o outro, mas é a justiça da espada de Cristo, da espada de Verdade.
O Verbo é a espada de Verdade.
Cristo disse que viria cortar o que deve sê-lo.
E você, também, corta o que deve sê-lo.
Não lutando, não aportando uma contradição ou uma oposição, mas, bem mais, estando em sua Eternidade, simplesmente.
Isso quer dizer que você deve perder os hábitos, eu diria, da vida comum.
Não para tornar-se um fanático que anda a três metros do solo, bem ao contrário, não para portar vestes brancas com flores nas orelhas.
Para ser tal como você é, mas novo.
E isso passa pelo Silêncio, pelo Verbo e não mais pelas palavras.
Pode ser um olhar no qual tudo é compreendido, no qual tudo é dito.
Não são mais os grandes discursos intelectuais, mesmo se nós o façamos, mas é para – não eu, hein? – simplesmente, para dizer-lhe e mostrar-lhe onde é preciso portar a consciência para reencontrar esse estado inicial, esse estado primeiro, que é, ao mesmo tempo, o Juramento, a Promessa e, como disse Gemma, o Absoluto.
O Absoluto não tem necessidade de palavras, ele não tem necessidade de explicações, ele não tem necessidade de justificação.
Ele vive o instante com tal intensidade, que não pode ali haver incompreensões, confusão, ou seja, o Instante Presente assume as relações de antes e as comunicações de antes.
Aprenda a fazer Silêncio.
Quando você vê que algo não pode sair de sua boca ou de seu coração, quando você vê que há uma grande alegria, mas, também, uma frustração, pare tudo.
Você parará seu mental, assim.
Você não ficará mais frustrado.
Mas, simplesmente, em você, como na relação, como não importa qual – como disse Anael – comportamento ou situação ou lugar, faça o silêncio.
Aprenda a colocar Cristo à frente.
Mas, para que Cristo esteja à frente, e o Amor esteja à frente, é preciso, verdadeiramente, desaparecer.
Tome por hábito refletir antes de falar, mesmo em uma discussão.
Respeite os momentos de silêncio, de integração, como o faz o Espírito do Sol, como eu o faço também, de tempos em tempos, e como nós todos o fazemos, de tempos em tempos, como você, talvez, observou, vindo aqui, com vocês.
Portanto, tudo isso, em qualquer estado e qualquer situação que seja.
Não há necessidade de ir meditar ou alinhar-se, uma vez que Cristo está aí.
Mesmo se você tenha necessidade disso, em alguns momentos, uma vez que a Luz chama você.
Mas, no caso de uma problemática, a Luz não o chama, você vai dizer.
O que é que acontece?
E é você que deve chamar a Luz.
Não como um pedido para que isso aconteça como você quer, o que quer que seja, aliás, mas, bem mais, para experimentar o Silêncio, o olhar.
O olhar que remete à alma e não à pessoa.
E ao Verbo.
Mas manejar o Verbo, isso quer dizer que a pessoa não está mais aí.
Isso quer dizer que as palavras que você vai dizer, ou os silêncios que você vai manifestar, os olhares que você vai portar, a mão que você vai colocar sobre o ombro de seu irmão ou de sua irmã serão muito mais importantes do que o resto.
E a solução está aí, qualquer que seja a dificuldade.
Portanto, se você aprende uma paciência específica, e sai das convenções habituais de toda relação humana, não para fugir de uma relação ou para fugir de uma ruptura, porque há coisas que devem produzir-se, mas, aí, elas podem produzir-se de diferentes modos.
Conforme a pessoa, com os rancores que podem manifestar-se, mesmo se você é Liberado ou em curso de Liberação, mesmo se você vive o coração e a comunhão conosco.
Você sabe, muito bem, e nós também, quando estávamos vivos, que havia situações que nos enervavam, prodigiosamente.
Isso é válido para mim, mas era, também, válido para Bidi.
Era válido, também, para Sri Aurobindo.
Era válido, também, para Teresa.
Não se deve acreditar que, porque você está na Humildade total, você se apaga para fugir de algo.
Ao contrário, você está, plenamente, aí.
Mas você está, plenamente, aí não mais, unicamente, na pessoa que você é, mas portador de Cristo.
E isso aparece, transparece como o nariz no meio da cara.
Então, por que entrar, novamente, na pessoa, com os medos?
Quando você está nesse tipo de interrogações, esse tipo de relações ou esse tipo de situações que parecem desestabilizá-lo, pare tudo.
Não fuja, pense, simplesmente:
"o Silêncio é a antecâmara do Verbo".
"o Silêncio é a antecâmara do Verbo".
Faça silêncio, mesmo se o olhem bizarramente, tome alguns segundos, olhe o outro nos olhos de modo limpo, totalmente transparente.
Não fale, não siga o que lhe diz seu mental ou sua emoção.
Tome algumas respirações e, depois, deixe vir o Verbo, deixe vir o olhar, deixe vir a solução, tanto em você como em seu exterior, que isso seja não importa o quê.
Há alguns meses, eu dizia: você vai ao supermercado porque quer comer um tomate, e você se encontra com outra coisa, porque você seguiu a Inteligência da Luz.
4 – O. M. AÏVANHOV
4 - O.M AÏVANHOV
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Post. e Formatação
Semeador de Estrelas
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Tradução e Divulgação
Célia G.
Leituras Para os Filhos da Luz